A ação do clima sobre as lavouras de milho nos Estados Unidos deve permanecer no foco das negociações com o cereal na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) na semana que começa. Confira as indicações do analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, sobre o que deve merecer atenção do mercado nos próximos dias:
- A última semana da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) foi pautada por volatilidade. Os modelos climáticos apontaram para alguma recuperação das lavouras no Meio-Oeste norte-americano, pressionando o mercado;
- O mercado de clima permanece em curso, com as lavouras se aproximando de etapas chave do desenvolvimento, a floração e a polinização do milho;
- Dessa forma, o relatório semanal de condições das lavouras divulgado toda segunda-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ocupa um papel de destaque para nortear o mercado;
- Empresas rejeitam milho que não atende a critérios para exportação
- Atraso na compra de insumos pode aumentar custo do produtor
- No mercado doméstico, a fluidez dos negócios foi pouco expressiva no decorrer da semana. Com as seguidas quedas da CBOT, houve mudanças na paridade de exportação, provocando a queda das indicações nos portos;
- Ao longo da semana, a indicação de comprador em Santos e Paranaguá chegou a alcançar o patamar de R$ 38-R$ 38,50, entre os meses de agosto e setembro;
- Com a recuperação da CBOT na última sexta-feira, dia 19, essas indicações saltaram para R$ 39-R$ 39,50. Mesmo assim não houve interesse de venda;
- O clima permanece favorável ao trabalho de campo no Brasil, com a colheita evoluindo de maneira rápida em grande parte do Centro-Oeste.