A segunda-feira (18) chega ao final com movimentações em campo misto para os preços do milho no mercado físico no Brasil.
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Chicago sobe com compras técnicas

 

A segunda-feira (18) chega ao final com movimentações em campo misto para os preços do milho no mercado físico no Brasil. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações no Oeste da Bahia (1,32% e preço de R$ 38,50), Campo Novo do Parecis/MT (2,78% e preço de R$ 37,00) e Castro/PR (4,44% e preço de R$ 47,00).

Já as desvalorizações apareceram nas praças de Brasília/DF (1,48% e preço de R$ 40,00), Porto de Santos/SP (1,92% e preço de R$ 51,00), Jataí/GO (2,70% e preço de R$ 36,00) e Rio Verde/GO (2,70% e preço de R$ 36,00).

 

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho está atento à possível redução da demanda de etanol nos Estados Unidos com uma safra cheia por lá. “No mercado interno, o volume da colheita ainda não influencia os preços e deve demorar algum tempo até isto”.

Ainda nessa segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que as atenções no mercado de milho estão voltadas ao desenvolvimento da segunda safra. “A irregularidade nas chuvas no Sul e Sudeste do país e em Mato Grosso do Sul deve limitar o potencial produtivo das lavouras. Este ambiente mantém vendedores consultados pelo Cepea retraídos do mercado, sustentando o movimento de alta nos preços domésticos”.

A publicação ainda acrescenta que “compradores, por sua vez, realizam negócios pontuais, se abastecendo apenas para o curto prazo, à espera de mercadoria da segunda safra e de recebimento de lotes já adquiridos antecipadamente”.

Assim, entre 8 e 15 de maio, na região de Campinas (SP), a necessidade compradora fez com que os valores voltassem a superar os R$ 50/sc de 60 kg. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa subiu 1,6% em sete dias, a R$ 50,57/sc na sexta.

B3

Já a bolsa brasileira registrava movimentações negativas para a maior parte das cotações dos preços futuros do milho nesta segunda-feira (18). Os principais contratos flutuavam entre 1,02% e 1,54% negativo por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à R$ 46,37 com queda de 1,02%, o julho/20 valia R$ 44,75 com perda de 1,54% e o setembro/20 era negociado por R$ 47,40 com desvalorização de 1,46%.

O último levantamento de safras da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima que a segunda safra de milho no Brasil será cultivada em 13,8 milhões de hectares, o que representa a maior área semeada da história do país.

Segundo o superintendente de informações do agronegócio da Conab, Cleverton Santana, esse incremento na área cultivada vai compensar eventuais perdas de produtividade em regiões que passam por estiagem como Paraná e Mato Grosso do Sul, e resultar em uma produção de 75,9 milhões de toneladas.

A entidade estima ainda que o consumo interno do cereal represente um total de 70 milhões de toneladas com a manutenção do aquecimento da demanda, especialmente para o setor de proteínas animais e de fabricação de etanol de milho.

Já sobre as exportações, Santanta acredita em uma redução das 41 milhões de toneladas do último ciclo (a maior já registrada) para 34,5 milhões até o final do ano agrícola em janeiro de 2021 (o que seria o segundo maior número já registrado).

Como todos esses fatores, a expectativa da Conab é de nova redução dos estoques de passagem brasileiros, que foram de 16 milhões de toneladas em 2018/19, 11 milhões de 2019/20 e deve ser de 9 milhões em 2020/21 e manutenção de preços sustentados para o cereal no país.

Mercado Externo

Para a Bolsa de Chicago (CBOT) a segunda-feira (18) foi de leves elevações para os preços internacionais do milho futuro.  As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,50 e 1,50 pontos ao final do dia.

O vencimento julho/20 foi cotado à US$ 3,20 com valorização de 1,50 pontos, o setembro/20 valeu US$ 3,24 com alta de 1,25 pontos, o dezembro/20 foi negociado por US$ 3,32 com ganho de 0,75 pontos e o março/21 teve valor de US$ 3,45 com elevação de 0,50 pontos.

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 0,31% para o julho/20, de 0,31% para o setembro/20 e de 0,29% para o março/21, além de estabilidade para o dezembro/20.

Segundo informações do site internacional Farm Futurres, os preços do milho registraram ganhos moderados na segunda-feira depois que a força do derramamento de soja e os preços da energia estimularam algumas compras técnicas.

Agora, o mercado aguarda a divulgação do próximo relatório semanal de progresso da safra do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), os analistas esperam que a agência mostre 81% do plantio de milho concluído até 17 de maio, ante 67% há uma semana.

Já as inspeções às exportações de milho caíram 18% em relação a uma semana atrás, atingindo 45,3 milhões de bushels. “Do lado positivo, o total ficou moderadamente à frente da mesma semana do ano passado e ficou no meio das estimativas comerciais, que variaram entre 31,5 milhões e 51,2 milhões de bushels”, relata o analista Ben Potter.

O México foi novamente o destino número 1, com quase 14,0 milhões de bushels. Os totais acumulados da campanha de marketing de 2019/20 são quase incertos de acompanhar o ano passado, depois de atingir 1,033 bilhão de bushels.

Produtores de leite preveem aumento de 6% neste ano.

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