Expectativa é que produtores tenham rentabilidade para superar os custos de produção.
leite
Os produtores de leite devem enfrentar um cenário de incertezas em 2023.
Entre os motivos, o alto custo de produção, fatores climáticos e a mudança no governo federal, variáveis internas e externas, também impactam no preço de venda ao consumir final.
O gerente de fomento de leite da Copérdia, Flávio Durante, explica que o ano tende a ser desafiador. “É desafiador por vários aspectos, até porque o leite é um produto extremamente volátil, que muda de preço por qualquer fator, seja ele interno ou externo, mas a nossa expectativa é a melhor possível. Esperamos que os produtores possam ter rentabilidade em 2023 para poderem continuar na atividade e realizar os investimentos necessários nas propriedades.”, explica.
Flávio reitera que é muito difícil de prever o preço que será pago ao produtor em 2023, por vários motivos. Segundo Durante, o cenário é mito complexo: produção, importação, exportação do produto, investimentos na atividade e nível da renda do consumidor são fatores relevantes e influenciam no preço do produto.
“É muito difícil é de projetar o preço do leite para o ano porque muda muito de cenário em poucos dias, pode haver uma mudança muito grande no cenário de produção e, logicamente, influenciar no preço ao produtor. Tudo isso vai depender se o Brasil vai crescer sua produção, como serão as importações de leite, se vai importar mais ou menos do que 2022, da renda do consumidor, se o consumidor tiver dinheiro para comprar mais derivados lácteos ou não vai ter, da taxa de desemprego e uma série de outros fatores. Então, é conjunto de situações que precisam ser avaliadas no decorrer do ano para gente poder entender melhor o mercado”, pontua.
Por fim, Flávio Durante alerta que no atual cenário muitos produtores estão deixando a atividade, por uma série de razões. Para ele, o produtor deve produzir com mais eficiência, pois o mercado mercado remunera pela qualidade do produto entregue e que a gestão na propriedade é essêncial, principlamente realizando os investimentos que são necessários.”O cenário atual está mostrando que muitos produtores estão desistindo da atividade leiteira por uma série de fatores, então tudo isso caracteriza, ou seja, menos produtores vão produzir todo o volume necessário de leite para o país. É importante lembrar que precisamos produzir com eficiência, os custos de produção de leite em 2023 não devem reduzir, portanto, a necessidade de se produzir com maior eficiência.”Hoje os Laticínios, as empresas, remuneram pela qualidade do leite entregue, tudo também é uma forma de melhorar o preço do leite, a produtividade, fazer com que cada vaca possa produzir mais. As propriedades estão crescendo, investindo, elas tem um patrimônio bastante elevado. Deve-se aprimorar muito a questão da gestão da propriedade, identificar os gargalos para saber qual decisão será tomada. Lembrando que a atividade leiteira também é muito dependente da condição climática, esperamos que em 2023 possamos ter um bom clima favorável para a produção”, finaliza.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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