Alíquota do imposto passou de 17% para 7%, mas não influenciou no valor final do produto.
Foto: Pixabay
O leite foi um dos produtos que tiveram redução do ICMS aprovada em Santa Catarina no mês passado. A alíquota passou de 17% para 7%. No entanto, a diminuição do imposto não foi suficiente para baixar o preço da bebida.
O analista de socioeconomia da Epagri/Cepa, Tabajara Marcondes, explica que já era esperado que a redução do ICMS não iria influenciar no valor final, já que há uma oferta reduzida do produto em todo o Brasil, o que puxa o preço para cima. 
Neste momento, não há tanta relevância do ICMS na questão do preço. Há outras variáveis que influenciam. Já era de se esperar que não iria influenciar — declara.
A primeira questão que influencia a oferta de produto é que há uma histórica sazonalidade da produção de leite. Nesta época do ano, tende a ser mais baixa, por conta do frio que afeta as pastagens. 
A segunda e mais grave é que a baixa oferta foi agravada pela elevação dos custos de produção, com o aumento de preço da soja e milho, por exemplo, presentes nas rações de animais. Muitos produtores reduziram drasticamente o volume e alguns até pararam de produzir. A redução chegou a 10% no Brasil no ano passado. 
Segundo o analista da Epagri, em junho a média de preço do leite pago ao produtor em Santa Catarina é de R$ 2,57 por litro. Ele destaca que muitos recebem bem acima deste valor e outros bem abaixo.   
A partir do mês de julho, a tendência é de que a produção de leite aumente, segundo Marcondes, já que a rentabilidade começou a melhorar para muitos produtores. 
 É bem pouco provável que os preços vão se manter nos preços atuais. Mas o nível de queda vai depender do movimento de oferta do produto — explica.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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