Segundo analista da Safras consultoria, os negócios referentes à segunda safra apresentam bom ritmo, com a saca chegando a R$ 38 em Santos
O mercado brasileiro de milho encerra a semana apresentando boa fluidez de negócios para a segunda safra de 2019, afirma Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras consultoria. “Em Santos, os preços de compra chegaram a atingir R$ 38 entre os meses de agosto e setembro”, relata.
No disponível, o perfil de negociação se sustenta, com volumes menos expressivos, apenas para preencher alguma necessidade mais urgente. “Importante salientar que os principais consumidores do país ainda apontam para uma posição de relativo conforto em seus estoques”, explica.
Iglesias destaca também que, na semana, foi verificada alguma retração da intenção de venda no mercado disponível em meio ao forte processo de desvalorização do real.
Fechamento do mês
O preço do milho caiu 9,2% em março, de acordo com o indicador Esalq/BM&FBovespa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Na sexta-feira, dia 29, último pregão do mês, a saca de 60 quilos terminou cotada a R$ 38,43. Já a média de Campinas (SP) recuou 7,9% no período, terminando a R$ 37,81.
Influência externa
A Bolsa de Chicago refletiu na sexta-feira o Relatório de Intenção de plantio divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os números projetados ficaram acima da expectativa dos investidores e os contratos caíram mais de 4%.
O órgão norte-americano elevou em 4,1% a projeção de área plantada com milho no país. A estimativa divulgada é de 37,5 milhões de hectares para a safra 2019/2020. No ano passado, o total semeado chegou a 36 milhões de hectares.
A projeção do USDA para os estoques trimestrais de milho dos Estados Unidos também pegou o mercado de surpresa. Investidores esperavam cerca de 211 milhões de toneladas e o órgão projetou 218 milhões de toneladas, o que representa queda de 3% frente a igual período de 2018, quando 225 milhões de toneladas estavam armazenadas.
EUA X China
O bom andamento das tratativas entre EUA e China, em Pequim, gera expectativa no mercado, ainda sem uma data definida para que o acordo seja efetivamente concluído.
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