Ontem, a segunda-feira (24) chegou ao final com os preços do milho caindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações em nenhuma das praças.
Ontem, a segunda-feira (24) chegou ao final com os preços do milho caindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações em nenhuma das praças.

Já as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS e Luís Eduardo Magalhães/BA.

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “os negócios no mercado físico do milho seguem travados, com ofertas de compra de venda distantes entre si em São Paulo. No entanto, a queda do dólar e a chegada de mais precipitações, mesmo que em pequeno volume trouxeram algum alívio pelo lado dos fundamentos”.

A Agrifatto Consultoria destaca ainda que “a proximidade do início da colheita do milho segunda safra estabiliza os negócios da saca do milho em R$102,00 pelo indicador de Campinas/SP”.

Enquanto isso, a colheita da safra de verão 2020/21 chegou à 96,6% da área estimada de 4,353 milhões de hectares até a última sexta-feira (21), segundo levantamento de SAFRAS & Mercado.

Os trabalhos de colheita foram concluídos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás/Distrito Federal. As atividades atingem 88,2% em Minas Gerais.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que os valores do milho registraram comportamentos diferentes dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea na semana passada.

“Quedas nos preços foram observadas nas praças do Paraná e de Mato Grosso do Sul, devido, de modo geral, à expectativa de melhora do clima no Brasil. Em São Paulo, por outro lado, as cotações permaneceram firmes por causa da retração vendedora”, dizem os analistas do Cepea.

O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) subiu leve 0,58% de 14 a 21 de maio, indo para R$ 101,93/saca. “De modo geral, a liquidez segue baixa. Boa parte dos produtores já quitou as dívidas e não tem necessidade imediata de caixa. Do lado dos consumidores, muitos estão preferindo consumir estoques, apostando na previsão de chuvas para os próximos dias, o que deve melhorar o desenvolvimento das lavouras e, consequentemente, a produtividade, aumentando a oferta”, diz a publicação.

B3

Os preços futuros do milho largaram a semana recuando na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 1,76% e 2,43% ao final da segunda-feira.

O vencimento julho/21 era cotado à R$ 92,50 com perda de 2,41%, o setembro/21 valia R$ 92,00 com baixa de 1,91%, o novembro/21 era negociado por R$ 93,10 com queda de 1,76% e o janeiro/22 teve valor de R$ 94,10 com desvalorização de 2,43%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a queda de hoje na B3 é função da massa de chuvas que chegou e beneficiou muitas lavouras, até mesmo as plantadas em março.

“Aparentemente essas chuvas trouxeram um corte na linha de perdas. O que vinha perdendo, agora parou e já não aumenta essas perdas. Tem lavouras que perderam mesmo e não tem como voltar, mas, aparentemente param as perdas”, diz Brandalizze.

O analista destaca que, neste momento, as cotações na B3 estão até R$ 12,00 abaixo do que eram nos melhores momentos e a tendência é de cair um pouco mais ainda. “O mercado de porto hoje paga somente R$ 82,00 para setembro e o mercado interno está pagando bem mais. Ainda há espaço para cair 10 ou 15% quando se confirmarem as colheitas que vem pela frente”.

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até a terceira semana do mês de maio.

Nestes 15 dias úteis do mês, o Brasil exportou 12.598,1 toneladas de milho não moído. No comparativo anual, no quinto mês do ano, o país embarcou até aqui, 50,52% de tudo o que foi registrado durante maio de 2020 (24.933,2). Com isso, a média diária de embarques saltou para 839,9 toneladas, patamar 32,63% menor do que as 1.246,7 do mês de maio de 2020.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) também teve uma segunda-feira baixista para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 2,25 e 6,75 pontos ao final do dia.

O vencimento julho/21 era cotado à US$ 6,57 com baixa de 2,25 pontos, o setembro/21 valia US$ 5,68 com queda de 4,75 pontos, o dezembro/21 era negociado por US$ 5,40 com perda de 6,25 pontos e o março/22 teve valor de US$ 5,46 com desvalorização de 6,75 pontos.

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 0,30% para o julho/21, de 0,87% para o setembro/21, de 1,10% para o dezembro/21 e de 1,27% para o março/22.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho nos Estados Unidos caíram na segunda-feira, uma vez que as chuvas impulsionaram as safras recém-plantadas no meio-oeste dos EUA. Além disso, os traders pesaram a demanda de exportação futura após uma enxurrada de compras de milho pela China na semana passada.

“Estávamos preocupados com as condições de seca em Iowa, Wisconsin e parte das Dakotas. Tudo isso mudou com a chuva, pelo menos por agora. E com a repressão à inflação na China, as pessoas estão se perguntando se vão continuar comprando”, disse Don Roose, presidente da US Commodities.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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