A convite da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Teresa Cristina, o presidente Executivo da Cooperativa Dália Alimentos, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas e o assessor jurídico, Reinaldo Cornelli, estiveram em Brasília nos dias 18 e 19 de fevereiro. O objetivo foi detalhar à titular do ministério e à sua equipe técnica o Projeto de Produção Integrada Leiteira e de Frangos da Dália Alimentos, considerado uma nova e moderna concepção de incentivo à produção agropecuária para pequenas propriedades rurais.
Tereza Cristina, assim como outras autoridades que conheceram o Programa Parceria Leiteiro, entendeu que se trata de um arranjo eficiente de produção para a viabilização de pequenos produtores rurais. Por ocasião de sua estada em Arroio do Meio, durante a inauguração do Complexo Avícola, em dezembro de 2019, acompanhada do deputado federal Alceu Moreira – também entusiasta do programa e viabilizador da vinda da ministra à inauguração e da agenda na capital federal – a ministra visitou uma das quatro granjas leiteiras de produção associativa com ordenha robotizada e enfatizou que “o programa deveria servir de modelo para o país por ser um arranjo produtivo diferente, inclusivo, com tecnologia de ponta e que oportuniza o desenvolvimento dos pequenos produtores rurais”.
Detalhado o programa, Freitas recebeu dois pedidos da ministra: o primeiro, para que a Dália Alimentos conceda o modelo para conhecimento do Governo Federal, permitindo sua aplicação em outros estados do país e o segundo que a Dália se instale em outros estados brasileiros, para adotar esse programa, pois entende que o cooperativismo praticado pela cooperativa gaúcha é moderno, eficiente e apresenta excelentes resultados socioeconômicos. Por isso, propôs a estruturação de dois projetos pilotos, sendo um no Nordeste e outro no estado do Mato Grosso.
Além disso, também propôs à Dália a estruturação de uma equipe técnica de consultoria para a elaboração de projetos que o Mapa tenciona estimular em outros estados, bem como permitir a vinda de técnicos do ministério, de produtores e outras cooperativas para conhecerem o programa de produção e motivá-los a adotar o sistema de parceria leiteira.
Segundo Freitas, “o assunto será analisado e avaliado pelo Conselho de Administração, pois a intenção da Dália é colaborar com ações que promovam o desenvolvimento do país e, se essa for a intenção do Mapa, a cooperativa certamente auxiliará da busca de soluções para a viabilização das pequenas propriedades”.
Reunião-almoço na OCB
Freitas e Cornelli também participaram de uma reunião-almoço na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), acompanhados pelo deputado federal, Alceu Moreira, pelo senador, Luis Carlos Heinze e pelo presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Evair de Melo. Na oportunidade ouviram o cientista político da Eurásia, Christopher Garman, que falou sobre as projeções políticas e econômicas para o Brasil e outros países com base em cenários resultantes de pesquisas. Após, deputados e senadores integrantes da Frencoop realizaram um amplo debate, externando opiniões diversas sobre o futuro do país e os diversos caminhos para o efetivo desenvolvimento.
De acordo com Moreira, a última eleição mudou a maneira como o Poder Executivo relaciona-se com o Executivo, extinguindo o presidencialismo de coalização e a troca de favores para garantir a governabilidade, porém, sem definição, ainda, de um novo modelo que substitua o anterior e, por isso, a dificuldade no processo das reformas. O que existe é o apoio de uma base, que consiste em um grupo chamado “Brasil que dá Certo”, do qual fazem parte Moreira e Heinze, interessados na aprovação de pautas positivas para o país, independentemente de interesses políticos e partidários.
“Assim, sempre que matérias importantes para o país são apresentadas para votação, obtêm maioria, pois contam com o apoio desse grupo. A sociedade organizada precisa pressionar a Câmara e o Senado para a votação das reformas que interessam aos brasileiros que almejam o desenvolvimento econômico do país”. O assunto, de acordo com Freitas, foi significativo, pois foi possível compreender melhor onde as cadeias produtivas podem colaborar para esse desenvolvimento.