A modernização em curso na Sabor da Serra está redefinindo o perfil competitivo da empresa mineira sediada em Lima Duarte, na Zona da Mata.
Com um investimento de R$ 10 milhões em infraestrutura industrial e logística, a companhia acelera um ciclo de expansão que combina tecnologia, aumento de capacidade, abertura de vagas e fortalecimento de mercados estratégicos no Sudeste do Brasil.
As obras devem ser concluídas em dezembro e sustentam a projeção de crescimento de 45% para 2025.
Segundo o diretor-presidente e sócio proprietário, Robson de Paula Valle, a empresa decidiu antecipar os investimentos após registrar um avanço de 53% em 2024.
O desempenho, afirma, é fruto direto da demanda crescente por seus produtos e da consistência da operação, que atualmente entrega entre 370 e 380 toneladas de laticínios por mês.
Com a modernização, a empresa espera ultrapassar a marca de 500 toneladas mensais até 2026, ampliando de forma significativa sua competitividade frente às indústrias regionais.
A expansão física acompanha um movimento intenso no quadro de pessoal. No início de 2024, a Sabor da Serra contava com cerca de 100 colaboradores; hoje já são 210 funcionários, além de 20 vagas abertas em áreas operacionais e administrativas.
Para o próximo ano, a companhia projeta ampliar sua força de trabalho em mais 15%, o equivalente a aproximadamente 35 novas oportunidades. Para Valle, o avanço do time é estruturante e acompanha a estratégia de profissionalização da gestão e da operação.
Ele reforça que as contratações vêm ocorrendo de maneira planejada para atender o aumento da capacidade produtiva e a expansão geográfica.
A modernização também sustenta o relançamento e o desenvolvimento de produtos voltados ao consumidor contemporâneo — mais atento a formulações limpas, ao valor nutricional e à combinação entre sabor e saudabilidade.
Um dos movimentos recentes foi a nova versão do creme de ricota, agora com maior teor de proteína, adição de fibras e redução de 44% da gordura. Valle destaca que o produto integra o portfólio estratégico da marca e responde a uma demanda crescente por opções funcionais.
Ele adianta que há outros projetos em análise na área de Pesquisa e Desenvolvimento, mas que as discussões ainda estão restritas ao nível interno.
Na avaliação do executivo, os resultados alcançados ao longo dos últimos anos são consequência direta de uma cultura operacional consolidada ao longo de 32 anos de mercado. A Sabor da Serra mantém parceria com cerca de 100 produtores rurais, que garantem a regularidade da matéria-prima e sustentam o ritmo de produção.
Além disso, a empresa conta com consultorias que auxiliam nos processos decisórios e na organização de rotinas de trabalho. “Temos um time que conduz bem o trabalho e consultorias que orientam a tomada de decisão. Também existe parceria com os produtores rurais que estão conosco há muitos anos.
Da mesma maneira que conseguimos colocar no mercado produtos de qualidade, conseguimos remunerar o produtor e manter os colaboradores, para alcançar o objetivo principal, que é continuar crescendo”, afirma Valle.
A presença comercial da Sabor da Serra segue em expansão. A empresa atua hoje nas regiões Campo das Vertentes, Zona da Mata, Triângulo Mineiro, Sul de Minas, Belo Horizonte, capital do Rio de Janeiro e Região Serrana fluminense, com um portfólio que abrange queijos, manteiga, creme de leite, creme de ricota e requeijões — itens que representam parcela significativa da receita.
A modernização deve permitir ampliar essa presença, seja aumentando profundidade de distribuição nas áreas onde já opera, seja abrindo novos mercados dentro e fora do Sudeste.
Com o avanço das obras e as perspectivas positivas para a produção, a empresa prevê para 2025 e 2026 um ciclo de crescimento sustentado não apenas por escala, mas também por diversificação.
A Sabor da Serra acredita que o momento atual representa uma inflexão histórica na sua trajetória industrial, reforçando sua posição no segmento de laticínios e consolidando bases sólidas para competir em mercados mais exigentes, com operações mais robustas e capacidade logística ampliada.
*Escrito para o eDairyNews, com informações de Diário do Comércio






