União Nacional da Cadeia Produtiva de Alimentos e Bebidas Não Alcoólicas (UNCAB) foi lançada em Brasília.
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"O movimento tem como objetivo a valorização de toda a cadeia de alimentos e bebidas, contribuindo para uma alimentação diversa, segura e equilibrada, intrinsecamente ligada à identidade nacional"
Em um país que ainda tem milhões de pessoas sofrendo com insegurança alimentar, como não valorizar um setor que produz 270 milhões de toneladas de comida todos os anos? Com o intuito de fortalecer a indústria de alimentos e bebidas brasileira – o maior setor industrial do país –, foi lançada, em Brasília, a União Nacional da Cadeia Produtiva de Alimentos e Bebidas Não Alcoólicas (UNCAB).

A iniciativa é da coalizão entre ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), ABIR (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas), Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas) e Abimapi (Associação Brasileira da Indústria de Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados).

O movimento tem como objetivo a valorização de toda a cadeia de alimentos e bebidas, contribuindo para uma alimentação diversa, segura e equilibrada, intrinsecamente ligada à identidade nacional.

“A indústria de alimentos e bebidas tem uma importância inegável para o desenvolvimento econômico e social do País, é o maior setor econômico do Brasil. Entretanto, vem sendo muito atacada, e neste momento de regulamentação da Reforma Tributária, há ONGs e grupos de pressão pedindo o aumento de impostos sobre os alimentos chamados de “ultraprocessados”, um conceito que não encontra consenso científico nacional ou internacional.

Temos milhões de pessoas passando fome ou em situação de insegurança alimentar. Somos o celeiro do mundo e nos firmamos como o maior exportador de alimentos industrializados do planeta. Não faz sentido ter nem um cidadão brasileiro passando fome. É constrangedor que venham pedir aumento de imposto sobre qualquer tipo de alimento”, diz João Dornellas, presidente executivo da ABIA.

Quase 11% do PIB do Brasil

A indústria brasileira de alimentos e bebidas processa 61% de tudo o que é produzido no campo, representa 10,9% do PIB do Brasil e é a maior geradora de empregos: 1,97 milhão de postos de trabalho, diretos e formais. Em toda a cadeia produtiva são 9,87 milhões de empregos diretos e indiretos.

“Estamos oficializando uma união que já existe, na verdade, há muito tempo, com grande atuação em conjunto. Temos um poder significativo na geração de empregos, com fábricas de norte a sul do país, com uma capilaridade ímpar.

Temos orgulho em fazer parte da solução, com engajamento em muitas agendas positivas e compromissos robustos. Estamos empenhados na luta contra o não aumento de carga tributária e não elevação de impostos, mas sim de cada vez mais informação, inovação e portfólio para que os brasileiros possam continuar escolhendo seus alimentos e bebidas de acordo com seus estilos de vida”, afirma Victor Bicca, presidente da ABIR.

A qualidade e a diversidade da alimentação só têm se expandido nas últimas décadas, como resultado da evolução do processamento, da ciência e da tecnologia de alimentos. A inovação está do campo à embalagem, em todas as categorias, e permite que tenhamos uma grande diversidade de alimentos e bebidas, com diferentes perfis nutricionais, que possam atender às mais variadas necessidades e preferências das pessoas.

Acesso democrático aos alimentos

Para o Presidente Executivo da Abicab, Jaime Recena, a UNCAB demonstra trabalho em conjunto de todas as indústrias a favor daqueles que querem autonomia em suas compras: “Estamos vivendo um ano desafiador pela discussão da reforma tributária no Congresso.

Lutar contra o aumento de impostos significa defender o acesso democrático aos alimentos. A associação que represento está presente no dia a dia de todos os brasileiros. Estamos nos encontros, nas comemorações, nos momentos únicos de cada brasileiro.”

A indústria investe consistentemente no desenvolvimento de novos processos, ingredientes e formulações. Somente no ano passado foram R$ 36 bilhões investidos em inovação. O Brasil conta com 38 mil empresas que produzem alimentos todos os dias, das quais 35 mil são micro, pequenas e médias – o que demonstra o potencial imenso de agregação de valor à produção de alimentos no país.

“O lançamento da UNCAB é uma demonstração do nosso compromisso em enfrentar desafios relevantes da indústria brasileira de alimentos e bebidas, como o aumento de impostos sobre produtos e reforma tributária.

Este marco enfatiza nossa dedicação e cuidado em abordar questões que têm um impacto direto nos interesses dos consumidores, enquanto garantimos o acesso a alimentos seguros e de qualidade. Em um país onde mais de 10 milhões de pessoas enfrentam a insegurança alimentar, esse compromisso se torna ainda mais crucial”, destaca Claudio Zanão, presidente-executivo da Abimapi.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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