O governo havia anunciado medidas, como a redução em 50% dos tributos na aquisição de leite in natura, mas essas medidas ainda não entraram em vigor e, de acordo com o vice-presidente da Faesc, os produtores não têm mais quatro meses para esperar.
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O vice-presidente da Faesc não se mostra otimista quanto à rapidez da resolução dos problemas e afirma que o governo tem sido lento em suas ações.
O Jornal da Guarujá entrevistou Enori Barbieri, vice-presidente da Faesc, para discutir a crescente crise do leite em Santa Catarina. Infelizmente, as notícias não são animadoras para os produtores de leite da região.

A reunião do Conseleite, realizada domingo, 29, trouxe informações desanimadoras para aqueles que esperavam uma reviravolta na situação. Barbieri explica que o Conseleite é um conselho coordenado pela Universidade Federal do Paraná, que monitora os preços e custos dos laticínios e dos produtores mensalmente. A ideia era que a reunião recente trouxesse alguma esperança de estabilidade para os preços pagos aos produtores, que enfrentaram meses de quedas constantes.

No entanto, a reunião revelou uma notícia desanimadora: o próximo pagamento do leite terá uma redução de 9 centavos por litro pago aos produtores. Isso significa que a queda nos preços do leite continuará refletindo o excesso de oferta no mercado interno brasileiro, onde o leite é predominantemente consumido. O mercado enfrenta uma falta de demanda, levando a uma pressão constante sobre os preços.

O governo havia anunciado medidas, como a redução em 50% dos tributos na aquisição de leite in natura, mas essas medidas ainda não entraram em vigor e, de acordo com o vice-presidente da Faesc, os produtores não têm mais quatro meses para esperar. A situação se torna cada vez mais urgente, com a possibilidade de os consumidores enfrentarem preços ainda mais altos no futuro.

Ainda durante a entrevista, Barbieri destaca a importância de uma frente parlamentar criada no Congresso Nacional, que está buscando soluções para a crise do leite. Essas soluções incluem a suspensão do endividamento dos produtores, a obtenção de crédito para sustentar os plantéis e o controle das importações desenfreadas de leite do Uruguai e da Argentina, que estão competindo com os produtores brasileiros a preços mais baixos.

O vice-presidente da Faesc não se mostra otimista quanto à rapidez da resolução dos problemas e afirma que o governo tem sido lento em suas ações. No entanto, ele mantém a esperança de que o final do ano possa trazer algum alívio, com injeção de recursos no consumidor, estimulando o consumo de produtos lácteos.

 

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