Entre um ano e outro, mil pecuaristas migraram para outra atividade; no entanto, litragem foi pouco afetada

O auditório Itália, na prefeitura de Encantado, esteve praticamente lotado para a 13ª edição do Fórum Tecnológico do Leite. Na ocasião, um público superior a 400 pessoas, entre produtores rurais, técnicos, representantes de entidades ligadas ao setor e estudantes, acompanhou palestras, painéis e relatos de experiências relacionados à cadeia produtiva do leite na cidade e região. 

Na ocasião, o extensionista rural e veterinário da Emater-RS, Martin Schmachtenberg, apresentou dados do relatório socioeconômico da cadeia produtiva do leite nos vales do Taquari e Caí em 2019. Entre os números, aquele que dá conta de que a quantidade de produtores reduziu de dois anos para cá em cerca de 6.600 para 5.600, o mesmo ocorrendo com o rebanho, que caiu de em torno de 100 mil para 92 mil animais em lactação, com a produtividade sendo pouco afetada – de 393 milhões de litros ao ano para 380 milhões de litros ao ano é um dos que chama a atenção.

Para Schmachtenberg, estes dados podem ser explicados pelo fato de que os que permanecem na atividade tendem a investir nela, qualificando o manejo em todas as etapas, com aplicação de novas tecnologias, acesso a crédito rural e busca de aperfeiçoamento. Ainda assim, os números dão conta de que 57% dos bovinocultores produzem leite em pequena escala, tendo uma média diária máxima de 150 litros do produto produzidos na propriedade. A pesquisa buscou ouvir ainda dos produtores sobre seu vínculo com a indústria, a respeito do tipo de alimentação oferecida ao rebanho, sobre o sistema de retirada do leite e em relação às dificuldades que enfrentam.

De certa forma, a palestra do veterinário serviu para referendar um dos painéis realizados, que contou com a participação de quatro jovens que permaneceram no campo. Mediado pelo gerente técnico adjunto, Jaime Ries, a atividade discutiu realidades de produção que tomavam por base a adoção de leite à base de pasto, a utilização de compost barn, de free stahl e de ordenha robotizada em pequena propriedade. Na fala de cada agricultor foram apresentadas as vantagens de cada sistema e qual o caminho adotado pela família até a implantação. O fórum foi completado por painéis sobre combate e erradicação a febre aftosa e controle da brucelose e da tuberculose bovinas, além de uma palestra motivacional.

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