Baixa oferta e custos em alta elevam as cotações ao produtor
A oferta de leite segue limitada no campo, devido à seca em importantes bacias leiteiras e ao aumento expressivo dos custos de produção. Como consequência do menor volume disponível, indústrias seguiram competindo pela compra de matéria-prima em maio – o que deve elevar, pelo terceiro mês consecutivo, o valor no campo a ser recebido pelo produtor em junho. E pesquisas em andamento realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, indicam que a elevação no preço do leite pago em junho pode ser de pouco mais de 5% sobre o de maio, que foi de R$ 2,0364/litro (“Média Brasil”). Leia mais.
Cotações dos derivados seguem em alta
Pesquisas do Cepea realizadas com o apoio financeiro da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) mostram que os preços dos derivados lácteos se mantiveram em alta de abril para maio. Os leites UHT e em pó (400g) se valorizaram 5,2% e 0,6%, respectivamente, com as médias indo para R$ 3,26/litro e R$ 23,95/kg, em maio. Mesmo com a elevação nos preços dos produtos, a demanda se manteve relativamente estável. Já as negociações envolvendo o queijo muçarela continuaram firmes, devido ao baixo estoque, com a média de maio a R$ 24,36/kg, avanço de 11,6% em relação ao mês anterior. Leia mais.
Com baixa oferta interna, importações crescem em maio
Mesmo com os elevados patamares de preços no mercado externo, as importações de lácteos cresceram 14,5% em maio frente ao mês anterior, somando 8,4 mil toneladas. Esse cenário é resultado da baixa disponibilidade de matéria-prima no mercado brasileiro, intensificada pelo período de entressafra da produção leiteira no Sudeste e Centro-Oeste. Além disso, a desvalorização de 5% do dólar frente ao Real em maio também favoreceu as compras externas de lácteos. Leia mais.
Custos sobem 11% em 2021 e pressionam ainda mais as margens da atividade
Os Custos Operacionais Efetivos (COE) da pecuária leiteira subiram 2,71% em maio na “média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), acumulando avanço expressivo de 10,94% em 2021. Dentre os estados pesquisados, Minas Gerais foi o que registrou o maior aumento no COE em maio, de 3,8%, seguido pelo Paraná (2,15%) e São Paulo (1,73%). Apesar dos recentes aumentos nos preços do leite, o contínuo avanço nos custos de produção neste ano exige muita atenção de produtores. Ressalta-se que muitos já estão com as margens apertadas, e os pecuaristas que não controlarem os números de sua atividade estão ainda mais vulneráveis. Leia mais.