O cantor Amado Batista se consolidou como um dos maiores produtores de leite do Brasil:
Administrando propriedades que somam 7.200 hectares, um rebanho de mais de 20 mil cabeças de gado e uma produção diária de 17 mil litros de leite. A trajetória do artista, conhecido por décadas de sucesso na música popular, revela uma impressionante incursão no agronegócio nacional.
Da infância no campo ao império agropecuário
Natural de Goiás, Batista cresceu ajudando o pai como agregado em fazendas e, desde cedo, aprendeu o valor do trabalho rural. “Sempre gostei de fazenda desde criança, quando não tinha nada, quando eu era agregado de fazendeiro”, relembrou em entrevista. O pai trabalhava em terras arrendadas e dividia a produção com os proprietários — experiência que moldou o espírito empreendedor do cantor.
Fazenda leiteira a 10 km de Goiânia
Em participação no podcast Rokast, o cantor contou que dedica boa parte do seu tempo à gestão de uma fazenda leiteira localizada a apenas 10 quilômetros de sua casa, em Goiânia (GO).
Apesar de descrevê-la como uma “fazendinha pequena”, os números impressionam: o local abriga 1.200 vacas e gera 17 mil litros de leite por dia.
Segundo Batista, a meta é elevar a produção para 20 a 22 mil litros diários até o próximo mês. Todo o volume é vendido diretamente a um dos maiores grupos franceses do setor lácteo, que concorre no Brasil com Nestlé e Piracanjuba e que expandiu sua atuação após a compra da tradicional Itambé.
“Eu adoro estar lá o dia inteiro”, revelou o cantor, que acompanha pessoalmente a ordenha, negociações e pagamentos, transformando a propriedade em parte essencial da sua rotina.
Pecuária de corte e cria de bezerros
Além do leite, Batista investe pesado na pecuária de corte. Em fazendas no Mato Grosso, ele mantém um rebanho que varia entre 10 mil e 15 mil cabeças, com foco na produção de bezerros para venda a invernistas — pecuaristas responsáveis pela recria e engorda dos animais.
O artista afirmou ainda que pretende, no futuro, integrar toda a cadeia produtiva, do nascimento ao abate, consolidando o ciclo completo de produção.
Fazenda AB: o coração do império
O ponto mais emblemático do seu patrimônio é a Fazenda AB, em Cocalinho (MT), a cerca de 500 km de Cuiabá. A propriedade, segundo Bruno Batista, filho do cantor, é avaliada em R$ 800 milhões e abriga mais de 20 mil bois, além de uma estrutura de luxo rural: dez lagos, quatro rios, dois córregos, poços artesianos e pista de pouso particular.
A fazenda foi o cenário escolhido para o casamento do cantor com a modelo Calita Franciele em 2025, tornando-se símbolo do sucesso pessoal e empresarial de Batista.
Apesar de rumores sobre uma possível venda da fazenda por R$ 350 milhões, a assessoria de imprensa do cantor negou a informação. A propriedade segue registrada em seu nome e ativa nas operações agropecuárias.
Impacto econômico em Cocalinho
A importância da Fazenda AB vai além do patrimônio privado. Segundo o IBGE, a economia de Cocalinho — município com cerca de 5 mil habitantes — depende fortemente da pecuária de corte, setor em que a fazenda de Amado Batista é uma das principais referências produtivas da região.
A geração de empregos diretos e indiretos, o movimento no comércio local e a circulação de insumos fortalecem o papel do cantor como agente de desenvolvimento regional.
Um gigante do agro brasileiro
De acordo com o também cantor e produtor Sérgio Reis, em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., Amado Batista chega a vender cerca de 25 mil cabeças de gado por ano, movimentando aproximadamente R$ 122 milhões anuais — com base no preço médio de R$ 5.400 por animal nas regiões de Goiás e Mato Grosso.
Os números colocam o artista entre os principais produtores rurais do país, consolidando seu nome no topo da pecuária nacional, tanto de corte quanto leiteira.
Do palco à pecuária milionária
A história de Amado Batista no campo resume a força do agronegócio brasileiro. De “agregado de fazendeiro” a dono de um império bilionário, ele prova que o talento pode florescer tanto nos palcos quanto nas pastagens. Hoje, sua produção diária de leite e gado abastece grandes indústrias, gera renda e impulsiona o setor — reafirmando que, no Brasil, a música e o campo podem andar em perfeita harmonia.
*Escrito para o eDairyNews, com informações de CPG Click Petróleo e Gás
