MESMO COM DESACELERAÇÃO, PATROCÍNIO PERMANECE NO 2º LUGAR
LEITE: MESMO COM DESACELERAÇÃO, PATROCÍNIO PERMANECE NO 2º LUGAR
LEITE: MESMO COM DESACELERAÇÃO, PATROCÍNIO PERMANECE NO 2º LUGAR

Alerta. Sempre é saudável emiti-lo. Sobretudo, quando é observado sinal de retração em uma grande riqueza. Em poucas palavras, o leite é a segunda maior riqueza de Patrocínio. Por isso, o Município é o vice-campeão mineiro na quantidade produzida de leite de vaca. E o 4º lugar do Brasil. Uma produção que chega aos 164 milhões de litros de leite, em 2021. Patos de Minas é o campeão, com 206 milhões de litros produzidos. Entretanto, o contexto, a conjectura, evidenciam anormalidade, que parece ajustável. Depende de nós, patrocinenses.

 

QUEDA NO ÚLTIMO ANO – A análise da série histórica de 2016 para 2021 mostra que a produção leiteira na terra do Tião Leiteiro é crescente. Exceto de 2020 para 2021, quando houve redução na produção. Em 2020, Patrocínio produziu mais de 175 milhões de litros de leite. Nesse ano (2020), Patrocínio se aproximou do líder Patos de Minas, que produziu 195 milhões de litros. No ano seguinte (2021), Patos continuou crescendo (206 milhões). E Patrocínio caiu para 164 milhões. Ou seja, em 2021, Patos de Minas aumentou a sua produção em 11 milhões de litros de leite. Enquanto isso, Patrocínio reduziu a produção de leite em exatamente 11 milhões de litros. Parece até estórias do folclore! Assim, é a “briga” do campeão versus vice-campeão do leite, na atualidade.

MAS NÃO É SÓ ISSO… – Em 2020, o 5º lugar, Coromandel, produziu pouco mais de 124 milhões de litros. Em 2021, a produção coromandelense aumentou 4 milhões de litros. Passou para mais de 128 milhões, encurtando a distância do vice-líder (Patrocínio). A mesma coisa aconteceu com Lagoa Formosa, 4º lugar, que chegou aos 129 milhões de litros.

RESUMINDO A DÚVIDA… – Patrocínio ainda é o 2º lugar, com folga. Porém, sua curva é decrescente. Quer dizer, há diminuição na produção. O líder, Patos de Minas, continua em seu lugar. Mas, com curva crescente. Quer dizer, a sua produção leiteira aumenta. Como também são curvas crescentes o 3º lugar, Pompéu; o 4º lugar, Lagoa Formosa, e, o 5º lugar, Coromandel. Para se ter ideia da distância entre o vice-líder, Patrocínio, e, Pompéu, já é de 23 milhões de litros. No ano anterior (2020), essa distância era de 37 milhões de litros. Por isso, a pergunta que não quer se calar: o que poderia estar acontecendo com a magistral produção de leite em Patrocínio?

ATÉ NO “DINDIN”, HÁ INDÍCIOS… – Não há muito tempo, precisamente em 2014, o valor em reais da produção leiteira de Patrocínio era de R$ 140 milhões e a de Patos de Minas R$ 136 milhões. Portanto, o primeiro lugar estava com Patrocínio. Sete anos depois, em 2021, Patos de Minas ultrapassa bem e tem a sua produção precificada em R$ 443 milhões. Quase R$ 100 milhões a mais do que Patrocínio, cuja produção é avaliada em R$ 349 milhões.

E SEGUEM MAIS EXEMPLOS – Patos de Minas tem curva acentuada de crescimento, como se diz em economia. Ou seja, tem crescimento maior do que o de Patrocínio, onde a curva de crescimento é bem moderada, quanto à valorização em reais. Trocando em miúdos, no ano de 2020, a vantagem patense era só de R$ 26 milhões (R$ 352 milhões versus R$ 326 milhões). Um ano depois, essa vantagem beira R$ 100 milhões (R$ 443 milhões versus R$ 349 milhões). A velocidade do crescimento de Coromandel, Lagoa Formosa e Pompéu encontra-se também no mesmo ritmo. Eles viajando de avião a jato, e, Patrocínio de avião, porém turbo-hélice. Nessa viagem do desenvolvimento quem chegará primeiro?

ATÉ VACA ORDENHADA… – Em 2021, a Santa Terrinha registrou 26.752 cabeças de vaca ordenhada, o que correspondeu a um empate técnico com Coromandel. Nesse mesmo ano, Patos teve 21.000 cabeças a mais (47.585). Assim, em termos de vaca ordenhada, Patos é o 1º lugar em MG; Patrocínio é o 7º. Um detalhe importante: em 2014, Patrocínio tinha o mesmo número de vacas ordenhadas que Patos de Minas tem hoje (47.585). Dizendo mais claro, nos últimos sete anos, o número de vaca ordenhada patrocinense reduziu em mais de 21.000 cabeças (hoje, é só 26.752). Será que as vacas mudaram de endereço? Essa perda é expressiva “pra chuchu”, como exclamaria qualquer personagem popular.

SEGUE O LÍDER… – A situação de Patrocínio é boa, quanto ao leite. Fantástica quanto ao café. Apenas um município brasileiro tem a hegemonia na emblemática política “café com leite” (oligarquia mineira/paulista da Velha República). Esse município é Patrocínio. Contudo, a glória é alcançada por meio de batalhas. E as maiores batalhas patrocinenses no desenvolvimento econômico são a manutenção da liderança no café, a incessante busca à liderança no leite (e não o atual afrouxamento), e, a industrialização local, principalmente utilizando-se dessa dupla como matéria prima (café e leite). A indústria Camponesa-Embaré é apenas um “comecinho” de um necessário novo tempo.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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