"Olavidia", um queijo de cabra produzido em Jaén por uma queijaria familiar nascida em 2017, foi o escolhido pelo júri do Wolrd Cheese Awards
Olavidia, o melhor queijo do mundo de 2021© DR

Éum queijo de cabra pasteurizado, com uma textura semi-macia e cremosa que se derrete no palato, uma fina camada de carvão ao centro e um cheiro a cogumelos do bosque, explicou o júri do Word Cheese Awards (WCA), para justificar o prémio de melhor queijo do mundo em 2021 ao “Olavidia”, um queijo de leite de cabra produzido no sul de Espanha e que tem um preço de venda ao público a rondar os dez euros (embora atualmente já esteja esgotado).

O queijo, produzido pela queijaria familiar Quesos y Besos, localizada em Guarromán (Jaén), foi escolhido entre os dezasseis que conseguiram aceder à grande final deste concurso, no qual participaram mais de 4.000 variedades de 48 países de cinco continentes.

O júri destacou a “grande qualidade” do produto e o “meticuloso” trabalho em toda a sua produção, bem como seu formato quadrado original.

Cada peça, com um peso aproximado entre 250 e 300 gramas, é dividida por caroço de azeitona carbonizada de Jaén, na tentativa de “quebrar todas as regras”, garantiu Silvia Peláez, que com o marido Paco Romero são os proprietários desta queijaria, que arrancou em meados de 2017 e tem sete trabalhadores.

Uma das suas primeiras produções foi “Olavidia”, um queijo de cabra cujo nome remete ao escritor e jurista Pablo de Olavide e cujo leite com que é feito provém do gado do pai de Romero, porque, para os propietários da Quesos y Besos de Jaén, é importante que tudo permaneça na família. “Somos uma fábrica de queijos familiar e vamos continuar assim”, explicou Peláez, no palco do auditório do Centro de Congressos e Exposições de Oviedo, onde se realizou a edição deste ano (depois do interregno em 2020, devido à pandemia).

O leite de cabra é pasteurizado lentamente e tem um processo de maturação com bolores e carvão entre 15 e 20 dias.

Em declarações aos jornalistas após a decisão do júri, Silvia comemorou o facto de o prémio reconhecer a forma de trabalhar de uma empresa que tem produtos de “extrema qualidade” e “formatos inovadores”, segundo declarações citadas pela agência EFE.

O Olavidia obteve 103 pontos, mais cinco do que o francês Epoisses Berthaut Perrière, que ficou em segundo lugar. A fechar o pódio ficou o Eminence Grise – Tomme Chèvre Grise au Bleu, dos Países Baixos.

Histórico de vencedores

2019 Rogue River Blue, EUA
2018 Fanaost, Noruega
2017 Cornish Kern, Inglaterra

2016 Kraftkar, Noruega
2015 Gruyère AOP. Suíça
2014 Bath Blue, Inglaterra
2013 Montagnolo Affiné, Alemanha
2012 Manchegu DO Gran Reserva, Espanha
2011 Ossau-Iraty, França
2010 Cornish Blue, Inglaterra
2009 Le Cendrillon, Canadá
2008 Quesu Arico curáu pimentón, Espanha
2007 Brie de Meaux, França
2006 Ossau-Iraty, França
2005 Gruyère Premier Cru, Suíça
2004 Camembert de Normandie, França
2003 Chevre d’Or Camembert, França
2002 Gruyère AOC Reserve, Suíça
2001 Camembert Super Medaillon, França, e
Mature Cheddar cheese , Irlanda
2000 Mature West Country Farmhouse Cheddar , Inglaterra
1999 Kollumer 18 months (Old Dutch master), Países Baxos
1998 Mature Traditional Cheddar, Inglaterra
1997 Parmigiano Reggiano, Itália
1996 Lord of the Hundreds, Inglaterra
1995 Shropshire Blue, Inglaterra
1994 Brie de Meaux AOC, França
1993 Double Gloucester, Inglaterra
1992 Gruyère Premier Cru, Suíça
1991 Fourme d’Ambert , França
1990 Mature Traditional Cheddar, Inglaterra
1989 Blue Stilton, Inglaterra
1988 Blue Cheshire, Inglaterra

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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