Por Ariosto Mesquita
As frutas de seu pomar eram constantemente roubadas. Em 2018, cansado da situação, o produtor e agrônomo baiano, Álvaro Fonseca Brandão Filho, abandonou o cultivo de limão e voltou a retornar à pecuária de corte (no passado, chegara a trabalhar com terminação em confinamento). Ao reintroduzir capins na fazenda para engordar bovinos, usou braquiárias e panicuns, mas, no final de 2019, conheceu e se encantou pela BRS Kurumi, cultivar de capim elefante anão cujo nome significa “menino” em tupi-guarani.
Originalmente recomendado para animais leiteiros, ele foi lançado em 2012, pela Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG), em parceria com a Embrapa Clima Temperado, de Pelotas, RS; Embrapa Acre, com sede em Rio Branco e Embrapa Cerrados, de Planaltina, DF.
No ano passado, Álvaro Brandão começou a introduzir o Kurumi em suas três pequenas propriedades (Fazendas Santa Maria, Pernambuco e Comburique), que somam 320 hectares, no município de Cruz das Almas (BA), a 146 km da capital, Salvador. Com pouco mais de 200 ha disponíveis para pastagens, formou 30 ha de Kurumi. Em 2021, pretende iniciar o pastejo nessa área, reduzir a participação das braquiárias e plantar pelo menos mais 50 ha do capim elefante anão.