Trabalhar com a agropecuária com foco no gado de corte exige constantes melhoras no manejo dos animais. Para oferecer um trato de qualidade e utili…
Produtores rurais que desejam usar a terra de forma sustsentável aumentar a quantidade de animais, estão adotando o pastejo rotacionado. Com essa técnica de pastejo, o agricultor pode aprimorar os recursos do solo, além de garantir um volume maior de pastagem, o que resulta em melhores condições para os animais.
O pastejo rotacionado pode ser uma alternativa na criação do gado de corte e leite, além de contribuir com meio ambiente. Obtendo benefícios para o solo e a administração agropecuária .
O que é pastejo rotacionado?
Pensado primeiramente para benefício do solo, o pastejo rotacionado é um sistema de manejo, onde a área de pastagem é subdividida em piquetes. Estes são submetidos a períodos alternados de pastejo e descanso.
O tamanho dos lotes depende do local a ser inserido e a quantidade de animais que deseja possuir. E esta técnica, quando bem executada, garante produção de forragens de qualidade e um consumo de energia adequado durante o ano todo.
Essa melhor produção por área faz com que seja um sistema que cada vez mais escolhido. Ainda mais que o custo de implantação é de certa forma baixo, considerando todos os benefícios. Tanto de produção quanto para o solo da propriedade.
Quais são os benefícios desta técnica?
Como dito acima, esta técnica apresenta um grande ganho para o solo. Visto que o período de descanso assegura que a terra pode se recuperar plenamente entre um pastejo e outro.
Porém não só o meio ambiente se beneficia com esse sistema. Esse período de descanso faz com que a pastagem seja de qualidade superior durante todo o período que está sendo utilizada.
A melhor condição deste pasto gera uma alimentação mais rica para o rebanho bovino. Além disso, possui outras vantagens que geram um melhor desempenho para a produção:
? Pastejo mais uniforme;
? Redução de perda de pasto por pisoteamento do gado;
? Aumento da longevidade do sistema;
? Melhor fertilização do solo;
? Conservação do solo;
? E diminuição da quantidade de plantas invasoras e consequente aumento das plantas desejadas.
Como implementar o pastejo rotacionado na fazenda?
O pastejo rotacionado é um sistema não tão complexo, porém necessita de um planejamento mais atento. Convém que seja feito aos poucos, para compreender o que aquela área específica precisa quanto a forragens, adubagens e outras características peculiares de cada local.
Para instalar o sistema, diversos fatores devem ser considerados no planejamento estratégico, tais como:
? Definir qual forragem utilizar;
? Uso de diferentes pastagens em cada estação;
? Quantidade de animais no mesmo terreno;
? Qualificação do solo em períodos de não uso;
? Capacidade da pastagem;
? E topografia do terreno.
Além desses, alguns tópicos merecem mais atenção.
Fertilização do solo
Um bom solo adubado é garantia de uma melhor plantação em qualquer tipo de terreno. E para melhor pastejo rotacionado, não é diferente. É essencial que se corrija a fertilidade do solo.
O correto é um planejamento efetivo para que a fertilização e a semeadura da forrageira na época das secas, para que quando as chuvas chegarem, a pastagem possa se desenvolver bem.
Divisão da área
O número de piquetes depende do período de ocupação e do período de descanso que são indicados pela planta forrageira que se está utilizando e deve ser calculado de acordo com a seguinte equação:
Número de piquetes= (período de descanso/ período de ocupação) + 1
Quanto menor o período de ocupação para um mesmo período de descanso, maior será o número de piquetes. Entretanto, esse elevado número de piquetes pode ser uma vantagem já que quanto menor o tempo de ocupação, maior será a lotação animal.
Cercamento do piquete
Definido o número de piquetes e qual o tipo de forragem a ser cultivada, pode-se reutilizar divisões existentes ou então pode-se dividir novamente os pastos de acordo com essas informações.
Uma forma de economizar é implantar áreas de lazer e descanso, como bebedouros e área de sombras, nas divisas entre as pastagens. Assim as áreas comuns servem para mais piquetes.
Outra dica importante é, se possível, implementar os piquetes no mais próximo do formato em quadrado. Pois o metro linear de cerca é menor comparado com formatos retangulares.
Além disso, é possível aproveitar arames e mourões de cercas existentes para fazer essas divisões. Ou então adotar o uso de cercas elétricas que em terrenos maiores acabam saindo com um custo mais brando e tem alta durabilidade.
Como fazer a rotação?
Depois que o pasto foi planejado e hora de dividir em piquetes e inserir o rebanho bovino. Todos os animais devem ser colocados na mesma pastagem. E após pastejar a primeira área, todo o gado deve ser transferido para a segunda área, e assim sucessivamente, até retornar à primeira.
As áreas que não estão sendo ocupadas, estão em período de recuperação. Ou seja, estas áreas estão sendo preparadas, ou apenas aguardando o crescimento para a próxima pastagem.
Ainda assim, é bom ressaltar que durante o primeiro pastejo, é importante evitar que os últimos piquetes fiquem passados. Então é necessário levar o rebanho para pastejos levas nas áreas de descanso. Ou então reduzir o número de animais e inseri-los aos poucos.
Conclusão
É importante que o agricultor esteja sempre atento às novidades do mercado. Para além de garantir um lucro maior nas operações, com o pastejo rotacionado é possível também tratar o solo de maneira sustentável, bem como oferecer aos animais pasto de qualidade.
Assim como a rotação do pastejo, há outras técnicas que também contribuem para uma agricultura mais sustentável. Dois exemplos de uso sustentável dos recursos naturais são a permacultura e a adubação orgânica .