O setor de pecuária leiteira no Brasil é de grande importância econômica e social para o país. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
leite

 

O setor de pecuária leiteira no Brasil é de grande importância econômica e social para o país. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de leite, tendo uma produção de mais de 34 bilhões de litros por ano, sendo predominante pequenas e médias propriedades e empregando por volta de 4 milhões de pessoas.

Dentre as regiões que mais produzem no país, estão Sudeste (34% da produção total do país) e Sul (34%), sendo Minas Gerais o estado que mais produziu em 2020, cerca de 9,69 bilhões de litros, seguido pelo Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Santa Catarina.

O rebanho de vacas ordenhadas no Brasil teve uma queda significativa desde 2014, e desde então foi de 23,08 milhões de vacas para cerca de 16,16 milhões, porém a produtividade de leite aumentou de 1.525 mil litros/vaca/ano, em 2014, para 2.192 mil litros/vaca/ano. Mesmo o Brasil tendo uma boa produção no ano que se passou, houve uma alta importação, voltada para o consumo interno dos brasileiros.

De forma geral, o setor de leite e derivados depende fortemente da renda doméstica, se esta cresce, o consumo aumenta, e caso decresça, o consumo diminui. O cenário para o setor de pecuária leiteira está ficando cada vez mais difícil, isso se deve pela desaceleração no consumo de leite e derivados, incrementos no custo de produção primária e no processamento, repassando os aumentos de preços por toda a cadeia de produção.

Os preços de derivados lácteos no Brasil estão aumentando para o produtor, isso resulta em uma alta nos preços nos atacados, isso acontece pela alta no preço das comodities, causado pela quebra de safra que ocorreu, principalmente, no Sul do país, e também pela guerra entre a Rússia e Ucrânia, que aumentam a demanda, enquanto a oferta de soja e milho não aumentou, elevando assim os seus preços.

Do ponto de vista do consumidor, deve-se ter cautela, pois os preços estão aumentando e o poder de compra do brasileiro diminuiu com a pandemia, e isso faz com que o consumo também diminua a curto prazo.

Já do ponto de vista do produtor, deve haver investimentos em ferramentas tecnológicas como sistemas mais eficientes de manejo, aumentando a eficiência técnica e econômica, isso deve provocar uma mudança na rede de produtores, quebrando alguns produtores menores que não terão capital para investir nessas tecnologias e acabarão ficando para trás.

Deve haver investimentos também em recursos que facilitem a comunicação com o mercado consumidor, pois o mesmo está ficando cada vez mais exigente.

Os consumidores estão cada vez mais atentos com relação ao cuidado que os produtores tem com o meio ambiente e com o bem estar animal e isso faz com que escolham produtos que se mostram preocupados com o cuidado dos animais e do meio ambiente, além de concorrerem com o mercado de produtos vegetais alternativos que se dizem mais saudáveis e humanitários, por isso é de extrema importância que essa comunicação seja eficiente, para não perderem clientes e para que não diminua o consumo.

 

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

Você pode estar interessado em

Notas
Relacionadas

Mais Lidos

Destaques

Súmate a

Siga-nos

ASSINE NOSSO NEWSLETTER