Com o avanço de políticas públicas como o PAC/POA e a adesão ao selo “Arte”, pequenos produtores de leite e seus derivados em Mato Grosso do Sul estão conquistando novos mercados.
Agora, queijos e doces de leite artesanais poderão ser comercializados em outras cidades do estado e até em outras unidades da federação, impulsionando a renda de agricultores familiares e fortalecendo a economia regional.
A mudança foi detalhada por Eder Souza Oliveira, presidente da Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Leite (Assuleite-MS), em entrevista ao programa Giro Estadual de Notícias, transmitido pelo Grupo Feitosa.
Segundo ele, até recentemente, produtores com selo de inspeção municipal só podiam vender dentro do próprio município.
“Hoje, um produtor que tem queijo ou doce de leite só poderia vender onde ele produz. Com a criação do PAC/POA, o governo estadual permite que esse mesmo produtor possa vender em outras cidades, como Campo Grande, desde que tenha o selo de inspeção”, explicou.
O PAC/POA (Programa de Avaliação de Conformidade de Parâmetros Físico-Químicos e Microbiológicos de Produtos de Origem Animal comestíveis) garante que os produtos artesanais cumpram requisitos de qualidade e segurança alimentar.
A medida oferece respaldo legal e técnico para a ampliação do comércio, com foco no fortalecimento do pequeno produtor rural.
Além do PAC/POA, a legislação federal também traz benefícios com o selo “Arte”, que autoriza a venda interestadual de produtos artesanais de origem animal, sem a exigência do SIF (Serviço de Inspeção Federal).
Isso amplia ainda mais o mercado para produtores de regiões como o Pantanal e o interior do estado.
“É um avanço importante. Um produtor de queijo do Pantanal pode vender em Campo Grande ou em qualquer cidade do estado. Isso fortalece a economia local e dá mais chances para os agricultores familiares”, reforçou Oliveira.
As medidas não beneficiam apenas os produtores. Para os consumidores, a novidade significa acesso mais amplo a produtos artesanais de qualidade, muitos deles com receitas tradicionais e ingredientes regionais.
O apoio governamental também se estende à fiscalização sanitária e ao combate à entrada de produtos estrangeiros irregulares, o que equilibra a concorrência e protege o mercado interno.
“O governo estadual vem ajudando muito, tanto na fiscalização do que entra de outros países quanto na venda do produto do pequeno produtor. Isso é bom para todo mundo”, concluiu o presidente da Assuleite-MS.
*Adaptado para eDairyNews, com informações de A Crítica de Campo Grande