“Nossa projeção é de processar 400 mil litros de leite por dia na unidade.

Carazinho passou a contar oficialmente com as operações do Laticínios Bela Vista, da marca Piracanjuba.  Em entrevista a Rádio Diário AM, o diretor comercial, Luiz Claudio Lorenzo, confirmou que a empresa que tem sede administrativa em Goiânia-GO já está operando na planta de Carazinho adquirida da Nestle e que pretende começar a produzir a partir de outubro os primeiros produtos com as marcas Piracanjuba e Leite Bom. “Nós começamos a operação. A gente fechou uma parceria com a Nestle no início do ano, e adquirimos algumas fábricas para produzir e comercializar alguns produtos para a Nestle. A fábrica de Carazinho fizemos a aquisição, e por alguns tramites que acabaram se delongando um pouco começamos agora produção do soro que a Nestle já vinha fazendo e damos continuidade. Começaremos no próximo mês a produção dos produtos com as marcas Piracanjuba e Leite Bom e também a produzir os leites Ninho e Molico”, confirmou Lorenzo.

De acordo com o diretor, na unidade carazinhense serão produzidos leite longa vida, creme de leite, achocolatado Pirakids e Chocobom da marca Leite Bom e leite condensado das marcas Piracanjuba e Leite Bom. “Estas são as linhas de maior giro na empresa e começa a fabricação a partir de outubro e até dezembro estaremos implantando as produções e aumentando gradualmente. São essas quatro linhas de produtos que faremos em Carazinho”, citou Lorenzo

A planta fabril instalada no Distrito Industrial Carlos Augusto Fritz, que até julho era operada pela Nestle, passa a ser totalmente operacionalizada pela Piracanjuba que agora está instalando mais equipamentos para aumentar a capacidade de processamento. “Estamos fazendo investimentos, máquinas estão sendo instaladas, a capacidade era menor que isto quando a gente adquiriu então estamos colocando equipamentos para aumentar este volume processado que tinha por parte da Nestle”, disse o diretor, que revelou também que a intenção é de que a unidade comece produzindo leite longa vida, em seguida leite condensado e depois, em outra etapa, creme de leite e os achocolatados. “Nossa projeção é de processar 400 mil litros de leite por dia na unidade, claro que isto demanda um pouco de tempo, mas a ideia é processar em torno deste volume, que é um bom volume”, observou o gestor.

Por uma questão estratégica, a empresa não revela o volume de investimento que está fazendo, mas de acordo com o diretor, para alcançar a capacidade de produção pretendida a unidade de carazinhense deve operar com 200 a 300 colaboradores com as contrações sendo feitas de modo gradual e em curto espaço de tempo. No país, a empresa que tem oito fábricas conta mais de 3 mil colaboradores diretos.

Captação de Leite

Lorenzo destacou que a Piracanjuba tem dois postos de captação de leite no Rio Grande do Sul e o produto é levado para a fábrica em Maravilha (SC). Com a entrada da fábrica de Carazinho em operação será mais uma frente de compra. “A escolha de adquirir a unidade em Carazinho é pelo leite abundante e de qualidade que tem na região e isto casa muito bem com os nossos produtos, já que a gente almeja muito a qualidade. Vamos entrar captando um pouco mais de leite seguindo uma rampa de produção pretendida. Teremos uma produção maior do que a Nestle vinha fabricando no passado”, frisa o diretor.

A produção em Carazinho deverá abastecer o mercado consumidor gaúcho. “Prioritariamente nós vamos atender ao mercado do Rio Grande do Sul que é um mercado que temos alguma dificuldade de competitividade pelo fato dos produtos virem de fora para vender aqui, esperamos que com esta fabrica a gente ganhe maior competitividade para vender no Estado. A prioridade é atender o Rio Grande do Sul e qualquer produção excedente a gente provavelmente venderá para São Paulo. Mas a prioridade é abastecer o Estado que é um mercado que a gente tem muito espaço para crescer e vai partir de uma posição que hoje a gente não vende muito e vai passar a vender certamente bastante”, argumentou o diretor.

Demanda por frete também deve aumentar

Todo o transporte da indústria é terceirizado e com aumento de demanda pretendida, a tendência é de a empresa movimente bastante o setor de transporte da região. “Certamente vamos ter que usar bastante as transportadoras para escoar e a gente acaba usando também a fábrica de Carazinho como um centro de distribuição de outros produtos, já que temos uma linha de produção bastante extensa que são fabricados em outras unidades e vamos transportar todos os produtos para fazer um centro de distribuição, dentro da fabrica de Carazinho então esta demanda por transporte se intensifica muito”, finalizou o diretor.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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