A fazenda Polilac, que fica em Garanhuns, é a primeira a conquistar a certificação no Norte e Nordeste para a produção, que chega em média a 90 mil litros ao mês.
Polilac
Além de não possuir conservantes, o alimento é digerido com mais facilidade pelo corpo humano do que o tipo A1 - Foto| Divulgação
A marca de laticínios Polilac, de Pernambuco, é a primeira do Norte e Nordeste a conquistar a certificação para produzir leite 100% natural do tipo A2.

O diferencial é que o produto não possui conservantes e conta com a presença da proteína beta-caseína do tipo A2.

Este nutrimento é de mais fácil digestão do que o encontrado no leite A1, que pode causar desconforto gastrointestinal em algumas pessoas.

O alimento é produzido na Fazenda Polilac, no município de Garanhuns, localizado no Agreste, a 230 quilômetros do Recife. Na propriedade, são gerados cerca de 90 mil litros de leite ao mês. O laticínio também é o único no Brasil a fazer queijo coalho A2.

O empreendimento conta com um rebanho de vacas A2A2, geneticamente selecionadas e capazes de produzir apenas a beta-caseína A2.

A Polilac tem um rebanho guzolando próprio, uma raça que nasceu do cruzamento entre as milenares Guzerá (zebuíno) e Holandês (taurino). A mistura reuniu as melhores características de ambas as raças.

 

Polilac
George Pires Martins, veterinário

Ter o selo de produtor de leites de vacas A2A2 é uma chancela que assegura que o leite foi obtido por processos que garantem a ausência de caseína A1 em sua composição”, explicou George Pires Martins, veterinário responsável pelo laticínio e pelos rótulos da Polilac.

Processo não utiliza contato manual

O alimento é obtido do rebanho sem contato manual. A ordenha é mecânica e o leite segue por tubulações diretamente para o compartimento onde passa por pasteurização, homogeneização e envase.

“O caminho que escolhemos para aumentar o beneficiamento do nosso leite é oferecer um produto de altíssima qualidade nutricional para o nosso cliente. Alguns dos nossos produtos, como o iogurte sem conservantes, feito com geleias caseiras da própria fruta, terão sua produção aumentada em até dez vezes”, completou o empresário e nome à frente da Fazenda, Waldemir Miranda.
Polilac
Laticínio também é o único no Brasil a fazer queijo coalho A2. Na foto, o rebanho guzolando.

Produção chega a quase 3 mil litros/dia

O laticínio produz, atualmente, cerca de 3 mil litros de leite por dia. Desse quantitativo, 50% são beneficiados e transformados em produtos com o rótulo da fazenda, como iogurte, doce de leite, manteiga, creme de leite, nata e manteiga de garrafa. Os 50% restantes são repassados para empresas do setor que comercializam o leite UHT em embalagens cartonadas, com papel-cartão, folha de alumínio e plástico (polietileno).

Segundo o empresário, depois do lançamento do leite tipo A2, a meta é inverter esse número. Desta forma, os derivados lácteos da marca Polilac passarão a ser responsáveis por 80% do leite produzido na fazenda e os 20%, direcionados às empresas que comercializam o UHT.

Além do leite, a Fazenda Polilac já é a única a produzir queijo coalho tipo A2 do Brasil e vai incluir no seu portfólio os iogurtes naturais A2 (zero conservantes), um dos produtos campeões de vendas do seu mix de produtos, composto também por doce de leite, manteiga, creme de leite, nata, manteiga de garrafa.

O laticínio foi pioneiro na produção do leite tipo A do Nordeste. Ou seja, com a ordenha mecânica em que o leite segue por tubulações diretamente para o compartimento onde sofre pasteurização, homogeneização e envase. O leite A2 puro já está disponível em alguns dos 23 pontos de venda do Recife e no empório da Fazenda Polilac, em Garanhuns. Cada litro de leite é vendido para o mercado por cerca de R$ 6,5.

SAIBA MAIS

Rota do leite
A Fazenda Polilac também é um dos pontos turísticos mais visitados de Garanhuns. Nos fins de semana, chegam a circular no empório cerca de mil visitantes. Localizada a 4 km do Relógio das Flores,  faz parte do circuito de passeios turísticos da região.

Empregos
A Polilac conta, atualmente, com 25 funcionários. A meta é dobrar o número de colaboradores em um prazo máximo de seis meses.

 

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