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11 dez 2024
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Com entendimento e aplicação de Inteligência Artificial em toda sua cadeia, a Nestlé exemplifica o futuro da indústria de alimentos com IA.
A Nestlé também usa IA generativa para analisar diversos parâmetros de diferentes fábricas e gerar relatórios que destacam os pontos a serem analisados e priorizados, reforçando a manutenção preventiva de seus equipamentos.
A Nestlé também usa IA generativa para analisar diversos parâmetros de diferentes fábricas e gerar relatórios que destacam os pontos a serem analisados e priorizados, reforçando a manutenção preventiva de seus equipamentos.

O sucesso na adoção e nos resultados com Inteligência Artificial (IA) está muito relacionado a como cada organização trabalha seus dados e atribui soluções personalizadas e direcionadas para o propósito do seu negócio. É algo como construir a sua própria “fábrica de IAs”.

Na Nestlé, esse entendimento tem contribuído para um processo de inovação contínua de todo o seu ecossistema. “A IA tem potencializando a capacidade de identificar padrões em grandes volumes de dados com precisão, eficiência e agilidade – gerando insights valiosos”, diz Brunno Ragonha, diretor de Data Science & Analytics da Nestlé Brasil.

“Essa tecnologia desempenha um papel crucial tanto no desenvolvimento de iniciativas que impulsionam os negócios quanto na otimização de nossas operações, incluindo a produção de alimentos”.

 

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Donir Costa, diretor de Engenharia da Nestlé Brasil, explica que nas operações industriais da companhia, a IA é responsável pela correlação mais complexa dos dados utilizados para identificar padrões de funcionamento de diferentes equipamentos da linha de produção, gerando insights como predições de manutenção preventiva a partir da previsão de falhas.

“Deste modo, é possível criar modelos preditivos que antecipem respostas para evitar quebras na produção”, frisa Donir.

As soluções com IA da Nestlé

A seguir, elencamos alguns dos principais projetos e soluções com IA da Nestlé. Um claro exemplo de como essas “fábricas de IAs” dentro das organizações está redesenhando a indústria e negócios atualmente.

Treinado com o histórico de produção em IA, o Health Index é um modelo de evaporador de leite em pó que indica ao operador o melhor momento para realizar a sua limpeza.

Se a limpeza for feita antes do momento ideal, perde-se horas de produção, enquanto limpezas tardias reduzem a performance do equipamento e deixam o ciclo de limpeza mais longo que o planejado. Essa solução equaliza essa ação, além de reduzir custos.

Além disso, com Machine Learning, a Nestlé analisa dados coletados de sensores instalados em equipamentos críticos para identificar comportamentos anormais e assim, programar a manutenção antes da falha ou dano do equipamento na linha de produção.

Por exemplo, ela passou a prever com até 15 minutos de antecedência quando havia um alto potencial de entupimento de uma das tubulações na torre de secagem de produção de leite em pó. A solução evita paradas não planejadas e reduz o consumo de energia por não ter que reaquecer a torre após uma interrupção imprevista no caso de um entupimento.

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Outro equipamento da Nestlé muito impactado pela IA é o forno de biscoitos. A Nestlé desenvolveu um modelo de IA que ajusta automaticamente os parâmetros do forno a fim de melhorar a eficiência energética. A solução também contribuiu para a redução do tempo em troca de produtos aumentando a produtividade.

A Nestlé também usa IA generativa para analisar diversos parâmetros de diferentes fábricas e gerar relatórios que destacam os pontos a serem analisados e priorizados, reforçando a manutenção preventiva de seus equipamentos.

Projeto de GenAI em ESG

Para além de seus equipamentos, a Nestlé também encontra na IA uma ferramenta para aumentar a eficiência e a produtividade de seus parceiros, impulsionando toda uma rede sustentável de fornecedores.

Um bom exemplo é o Theo, um chatbot que utiliza Inteligência Artificial para apoiar produtores e técnicos na cacauicultura. Disponível via WhatsApp, o assistente virtual tem como objetivo fornecer informações técnicas e de fácil acesso sobre as melhores práticas no cultivo do cacau. O nome “Theo” é inspirado no termo “Theobroma Cacao“, nome científico do cacaueiro.

A base de informações do chatbot vem do Boletim Técnico No 221 da CEPLAC (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), pertencente ao Ministério da Agricultura. São mais de 600 perguntas e respostas disponíveis sobre a cacauicultura, que abordam desde o plantio até a pós-colheita. Além disso, é possível acessar o preço médio do fruto em tempo real e a previsão do tempo em poucos cliques.

O Theo é uma das ferramentas que faz parte do Nestlé Cocoa Plan, primeiro e maior programa de sustentabilidade para a cacauicultura brasileira, criado em 2010.

A iniciativa busca promover práticas de cultivo sustentável, garantindo a rastreabilidade e a produção responsável, alinhadas ao desenvolvimento socioambiental e à evolução da qualidade do cacau dos estados da Bahia, Pará, Espírito Santo, Tocantins, Minas Gerais, Rondônia e São Paulo. Além de acessar todo conteúdo disponível, ao se cadastrar o usuário entra para a lista de pessoas que recebem dicas semanais do Theo, sobre as novidades e tecnologias disponíveis para a cadeia do cacau.

Já o SISO (Sell In Sell Out) é uma outra ferramenta analítica baseada em IA que promove o relacionamento “ganha-ganha” por meio da transparência de ações e informações com grandes clientes comerciais da Nestlé e, ao mesmo tempo, o compartilhamento de dados da cadeia de abastecimento.

A plataforma é baseada em cogestão de inventário, integrando informações entre a Nestlé e seus clientes, com uso de automação, Inteligência Artificial e ciência de dados.

O sistema projeta a venda futura do cliente no nível granular de produto, loja, dia a dia, analisa os estoques das lojas e CDs (Centro de Distribuição) dos clientes em tempo próximo ao real, projeta possíveis rupturas ao longo da cadeia, e gera uma recomendação de reposição de pedidos e de distribuição de estoques para as lojas.

Desde a implementação da ferramenta há dois anos, a Nestlé conseguiu reduzir em 35% a ruptura das lojas dos seus clientes. Pelo caráter inovador no setor, o SISO foi vencedor de diversas premiações no mercado.

IA auxiliando PDVs

Utilizar IA é, sobretudo, fazer bom uso de dados e da nuvem. Na Nestlé, uma plataforma consolidada em nuvens de dados e abastecida em tempo real com dados internos e externos, oferece um mix maior de produtos nos PDVs aos profissionais que atuam na cadeia de suprimentos e nos serviços de distribuição da companhia.

A função dessa plataforma é indicar a melhor recomendação de pedidos a cada ponto de venda e a cada visita dos vendedores Nestlé, conceder acesso fácil e simples a necessidades de venda sobre cada ponto de venda.

Para esta solução, a Nestlé utiliza Machine Learning para identificar o melhor mix de produtos a ser ofertado a seus clientes do varejo. Com um sistema atualizado diariamente, os vendedores dos Brokers – responsáveis por cuidar da distribuição dos produtos para os varejistas – conseguem visualizar informações que influenciam suas vendas.

O algoritmo é uma análise personalizada que reflete sobre o perfil dos estabelecimentos comerciais ao redor do varejista, histórico de compras e necessidades do ponto de venda para sugerir a quantidade e o mix de produtos a ser oferecida ao cliente Nestlé de maneira mais coerente.

Desde sua implementação, foram feitas mais de 6 milhões de combinações de recomendações por dia que garantem ao vendedor soluções de venda atualizadas de forma constante. Com esse resultado, o projeto se tornou um case de sucesso e evolução para o relacionamento com o varejista e de valor agregado para a área de vendas.

Projetos de IA em Marketing

Atenta ao uso crescente de IA no marketing, a Nestlé criou o Marketing Mix Modeling. A ferramenta iniciada em 2024, utiliza Inteligência Artificial para otimizar a forma como as verbas de mídia são alocadas. A tecnologia analisa a correlação entre vendas e investimentos por canal e região, identificando o retorno sobre o investimento (ROI) e o ponto de saturação das campanhas — quando investir mais em um canal não gera aumento nas vendas mesmo que se continue investindo.

Essa solução abrange canais online como redes sociais e permite ajustes em tempo real para otimizar o mix de mídia e os recursos disponíveis.

Com essa ferramenta, os times internos de marketing ganham autonomia para realizar análises rápidas e precisas, eliminando a dependência de estudos de parceiros externos e evitando o compartilhamento de informações estratégicas da Companhia para fora da organização. O resultado é mais flexibilidade, eficácia, segurança e agilidade, alinhando as estratégias às dinâmicas do mercado com eficiência.

GenAI na comunicação interna

A implementação de projetos de Inteligência Artificial generativa (GenAI) na comunicação interna das organizações também está se tornando uma prática cada vez mais comum e estratégica.

Na Nestlé o NesGPT, uma ferramenta alimentada pela mesma tecnologia do ChatGPT, foi criada para dar suporte à elaboração de conteúdo, de pautas de reuniões, revisão, geração de novas ideias, análise de dados e explicação de novos tópicos ou conceitos para diferentes áreas do negócio, incluindo vendas, inovação de produtos, marketing e equipes jurídicas.

A ideia é que o NesGPT ajude a simplificar as tarefas cotidianas dos colaboradores da empresa para simplificar processos e permitir que eles tenham mais acesso a mais informações sob demanda de modo que possam ter tempo para melhorar a tomada de decisões em toda a empresa. Isso de modo que as informações sigilosas permaneçam dentro da própria Nestlé.

Em resumo, com todo esse ecossistema de IAs, a Nestlé está ocupando um lugar de destaque dentro da indústria. Um claro exemplo desse movimento com IA – que chamamos aqui de “fábricas de IAs” – se torna em um polo de inovação dentro das organizações. É um caminho ágil para o desenvolvimento interno, para a melhoria e eficiência de toda a cadeia de negócios e, claro, para o futuro e sucesso da experiência do cliente.

 

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Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), o consumo de whey protein e outros concentrados de proteína no país cresceu 25% entre 2021 e 2023.

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