Em uma mercearia na Vila Progresso, o litro do leite saltou de R$ 7,80 para R$ 8,15 em uma semana, o que representa reajuste de 4,5%. A proprietária, Débora Casa Grande, compra direto de distribuidoras e precisa segurar os reajustes para não perder clientes. “É impossível repassar 100% do aumento de preços porque afasta os clientes e as vendas caem, porém é inviável segurar os reajustes e arcar com os prejuízos. Sempre que aumenta, as vendas diminuem, prejudica tanto o comércio quanto o consumidor final”, afirma a proprietária.
Assim como o leite, todos os derivados lácteos são afetados com o aumento de preços constante. Leite condensado, leite em pó, creme de leite e queijo são exemplos do reajuste. “Todos os alimentos que utilizam leite na fabricação ficaram mais caros. Hoje, uma lata de leite condensado está custando mais de R$ 10”, diz Débora.
ALTERNATIVAS
Por conta da inflação, alternativas mais baratas começaram a aparecer nas prateleiras de supermercados. Com preço até 30% mais baixo, a lista de produtos de segunda linha conta com leite em pó, iogurtes, requeijão, leite condensado, creme de leite, entre outros que substituem o leite por compostos lácteos, amido e soro de leite.