Fim da licença para a permanência das lagoas de resíduos decompostos no local acelerou a desativação da empresa

A Prefeitura de Lucas do Rio Verde anunciou nesta segunda-feira, 27, que o laticínio existente na Avenida Tocantins, esquina com a Avenida Brasil, no bairro Rio Verde, encerrará de vez suas atividades naquele local e que a cooperativa que ultimamente terceirizava apenas a operação de recebimento e transbordo da produção de leite deverá construir um novo laticínio em outra área afastada do perímetro urbano.

Com a medida, que só pôde ser tomada após o término do prazo do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado no final do mês de dezembro de 2016 por um período de três anos entre o Executivo e os proprietários do laticínio, finalmente os moradores dos bairros vizinhos se verão livres do mau cheiro exalado por duas lagoas formadas pelas sobras do processo de produção.

A fábrica foi instalada naquele endereço no começo dos anos noventa do século passado, pouco depois da emancipação do município, ocorrida em 1988, quando a área ainda era completamente desabitada e fazia parte do Bairro Industrial. Em 1993, a Cooperlucas assumiu o controle do empreendimento por alguns anos como incentivo à verticalização da produção primária.

Segundo o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Márcio Albieri, a empresa proprietária tinha arrendado a linha de produção de leite para essa cooperativa do Norte do Estado e há mais de seis meses a industrialização do produto no local cessou. “A área do laticínio vem sendo usada somente como ponto de entrega e de transbordo da produção leiteira para que a cooperativa leve para seu município de origem”, explica.

O TAC, disse ele, teria deixado o prefeito Luiz Binotti de mãos amarradas e sem poder tomar a medida de proibir a liberação de licença para a permanência das lagoas de material degradado numa área residencial. “A empresa proprietária, já sabedora da intenção do prefeito Binotti de não renovar a licença operacional, paralisou a produção e cedeu sua linha leiteira para essa cooperativa, que está negociando uma nova área para construir um novo laticínio, bem mais moderno, para continuar gerando emprego, lucro e renda para o nosso município”, observa.

Quanto ao mau cheiro que se acentua com o calor e dias chuvosos, Albieri declarou que a Prefeitura já havia conseguido reduzir o problema nos últimos meses com a parceria técnica do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), que vem aplicando produtos biotecnológicos nas lagoas para minimizar a exalação dos resíduos decompostos.

“O fim do mau cheiro somente virá com o esgotamento total das lagoas e isso já foi providenciado com o protocolo de um documento na Secretaria Estadual de Meio Ambiente para desativar essas lagoas. A desativação já começou, mas o processo tem que seguir normas da legislação ambiental e isso vem sendo cumprido. Temos acompanhado de perto e dentro de poucos dias a população não irá mais se preocupar com esse problema”, garante.

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