As restrições comerciais que as grandes potências impuseram à Rússia em retaliação por sua invasão da Ucrânia estão perturbando os mercados. A primeira reação lógica aos aumentos de grãos, petróleo e gás está sendo seguida por complicações em quase todas as commodities.
Esta semana um importante comerciante que opera na Europa com produtos lácteos sul-americanos teve que sair à procura de mercados para muitas cargas que ele já tinha preparado para enviar à Rússia e no momento ele não pôde fazê-lo.
Hoje todos estão olhando para os países árabes e para o sudeste asiático como possíveis aspiradores daquele excedente no mercado que já foi “vendido” e hoje foi deixado no limbo.
No Uruguai, complicações no pagamento de salários
A cooperativa leiteira Calcar está passando por uma situação econômica difícil devido à impossibilidade de exportar seus produtos para a Rússia, um de seus principais clientes, informou La Diaria na terça-feira. Esta inconveniência fez com que a empresa pagasse os salários dos trabalhadores em parcelas em março. “Esta semana os trabalhadores receberão 25% de seus salários, na semana restante outros 25%, e em 15 dias eles receberão os 50% restantes”, disse Mario Colman, deputado de Colônia.
A cooperativa “está passando por um problema temporário porque os embarques de mercadorias para a Rússia estão saltando e isto está causando atrasos nos pagamentos, mas a situação da empresa tem sido complicada há algum tempo”, acrescentou o deputado. Para superar esta situação, a cooperativa está negociando um mandado (garantia) com o Banco República. Através deste mecanismo, o banco adiantaria dinheiro à Calcar, que colocaria sua mercadoria como garantia. Em 2021, este mercado era o terceiro destino dos queijos com vendas de US$ 16 milhões (17% do total).
Traduzido com DeepL.com