O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, reforçou o temor de que os resultados positivos com exportações no atual quadro de real desvalorizado sejam usados como justificativa para aumentar a tributação sobre o agro.
O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, reforçou o temor de que os resultados positivos com exportações no atual quadro de real desvalorizado sejam usados como justificativa para aumentar a tributação sobre o agro. A colocação foi feita em participação no debate “Políticas Públicas para o Agro”, organizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) da (CNA), no contexto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, uma das proposições que visa simplificar o sistema tributário do País.

“Se estamos ganhando dinheiro – a soja está dando um excelente preço, o Brasil não era exportador de milho e passou a ser altamente competitivo no milho -, se nossa carne é altamente competitiva, não só pela qualidade, mas tudo isso é devido a essa desvalorização cambial”, sustentou Martins. “Se nós tivermos taxação maior de imposto, vamos começar a perder a competitividade”, defendeu.

Ele relatou que simulações feitas por grupo de trabalho criado pela CNA dos impactos da PEC 45/2019 sobre os principais produtos mostrou aumento de 19%?do custo de produção da soja e de 23% do milho. “O leite, se não fosse essa alta de preços agora, o leite ficava inviável”, alegou.

Segundo o presidente da CNA, a pesquisa do grupo de trabalho mapeou a tributação sobre o agronegócio em 134 países produtores e detectou, nas suas palavras, que, em nenhum deles, o setor paga o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) como o proposto na PEC 45/2019. A proposta unificaria cinco tributos – IPI, PIS, Cofins, ICMS, ISS – em um único Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), nos moldes do IVA.

Martins defendeu que o agro pague um IVA “diferenciado”, como ele relatou ter sido observado nos países estudados pela CNA. “Até porque temos quase 96% dos produtores rurais atuando como pessoa física. Então, automaticamente, sendo a maioria de pequenos produtores, eles teriam de ter uma contabilidade própria para poder fazer esse recolhimento”, comentou o presidente da entidade.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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