O crescimento acima do esperado “Da Fazenda Laticínios Cizeski” fez com que a modernização em equipamentos chegasse mais cedo na propriedade da família, na comunidade de Linha Torrens, em Morro da Fumaça.
laticinio

“Até então a nossa capacidade era de 300 litros de leite, isso se refere a 40 peças de queijo, além de 15 litros para fabricar em torno de 16 unidades de doce de leite, por dia. E não atende toda a demanda”, coloca a proprietária, Greice Cizeski.

“Estamos em fase de finalização da instalação da nova rede elétrica para iniciar e duplicar a produção. Agora vamos passar para a capacidade de mil litros para o queijo e 100 litros para o doce de leite”, explica.

O Laticínio Cizeski iniciou os trabalhos no final do ano passado, e desde então vem crescendo nas vendas pela qualidade dos produtos. “Não esperávamos toda essa procura e tudo está acontecendo rápido demais. O doce de leite, por exemplo, é feito 100% de leite e tem dia que nem chega a esfriar e já está sendo vendido”, destaca.

Entre os tipos de queijo tem o tradicional, com orégano, chimichurri e zero lactose, além do famoso doce de leite. “Em breve teremos ricota, queijo minas frescal e bebida láctea”, antecipa Greice.

ORDENHA ROBOTIZADA

E os investimentos do laticínio fumacense não param por aqui. Para o início do próximo ano os avanços tecnológicos serão ainda mais intensos, pois a ordenha será automatizada por meio de um robô. “É um robô importando da Europa, que vai alavancar ainda mais a produção. Também vamos fazer um galpão novo para a ordenha”, explica Greice.

“O investimento foi altíssimo, mas vai suprir a produção e, consequentemente, alavancar as vendas. Vai aumentar em torno de seis litros de leite por vaca, o que é bastante coisa. Vai tirar leite o dia todo”.

PRODUÇÃO MANUAL

O queijo colonial da propriedade em Linha Torrens é totalmente produzido de forma manual. “O leite é tirado pela ordenha e vem direto para cá, passa por um filtro, e vai para o processo de pasteurização onde é aquecido até 65 graus. O queijo passa pelo processo de maturação em câmera fria por no mínimo 10 dias, onde se dá as caraterísticas do queijo, textura e sabor. Depois, então, vem o processo de embalagem através da máquina de selagem a vácuo. Muitas vezes o cliente acha que não é colonial por isso, mas as embalagens são normas que temos que seguir para poder vender”, acentua.

QUALIDADE E CUIDADO

Na Fazenda, o controle da qualidade do leite começa desde a inseminação artificial do rebanho. “O pai é quem faz a inseminação e já tem controle desde ali através do sêmen. A inseminação também garante eficiência reprodutiva e melhoramento genético, e permite ainda que tenhamos dados precisos sobre fecundação, partos e controle de doenças”, coloca.

“O clima influência diretamente na produção de leite, por isso queremos fazer o confinamento para garantir maior conforto do rebanho, permitindo um aumento da produção sem prejuízos à saúde dos animais porque mudanças climáticas como chuva intensa ou calor excessivo trazem prejuízo ao animal e consequentemente na produção”, pontua Greice.

Com formação na área da saúde, Greice entende muito bem que todos os cuidados com alimentação devem ser rigorosos. “Trabalhamos em parceria com a vigilância sanitária e eles estão aqui todo mês e sempre que preciso estão à disposição para orientar”, afirma.

O laticínio Da Fazenda Cizeski tem a certificação de “Propriedades Livre de Brucelose e de Tuberculose”. “É um certificado muito importante que padroniza o controle das enfermidades, dentro dos princípios técnicos sugeridos pelo Código Zoosanitário Internacional. A qualidade dos nossos produtos é sempre priorizada”, acrescenta.

ONDE COMPRAR

Hoje os pontos de vendas são no próprio laticínio e em supermercados, feira da Agricultura Familiar, e lojas de produtos coloniais de Morro da Fumaça. Na região, é possível encontrar os produtos do laticínio “Da Fazenda Cizeski” em Criciúma, Cocal do Sul e Pedras Grandes. “Para o futuro temos interesse em abrir nossas lojas físicas”, adianta.

Empresa assumiu fábrica em 2020 e, quase cinco anos depois, comemora aumento não apenas do tamanho da planta, mas de postos de trabalho e de capacidade de processamento de leite.

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