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29 jul 2025
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Mesmo com custos elevados, produtores do Sudoeste do Paraná projetam ampliar a produção e modernizar sistemas nos próximos anos.
Paraná
O seminário de lançamento da segunda etapa do Leite Sudoeste reuniu representantes da Amsop, Seab, Adapar e IDR.

A produção de leite no Paraná enfrenta um cenário desafiador, marcado pelo alto custo de produção e baixa produtividade.

No entanto, um estudo do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-PR), em parceria com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), revela que os produtores da bacia leiteira do Sudoeste planejam crescer.

Segundo o levantamento, realizado entre 2023 e 2024 em 1.517 propriedades, 55% dos produtores pretendem aumentar o volume diário de leite nos próximos cinco anos.

Outros 44% buscam melhorar a genética do rebanho, 35% querem expandir o número de animais e 20% planejam investir em automação e novos equipamentos.

Planejamento e políticas públicas: chave para o crescimento

Os dados foram apresentados no lançamento da segunda etapa do programa Leite Sudoeste, realizado em Francisco Beltrão. O evento reuniu representantes da Amsop, Seab, Adapar, IDR e autoridades municipais.

Para Rafael Piovezan, coordenador estadual do programa de bovinocultura de leite do IDR-Paraná, o diagnóstico servirá de base para a criação de políticas públicas mais eficazes.

“Temos muitos pequenos e médios produtores. A partir deste levantamento, podemos planejar ações específicas para cada realidade, seja para a sucessão familiar ou para aumentar a produção”, afirmou.

Piovezan destacou ainda que, embora haja tendência de concentração da produção, o crescimento é o objetivo comum da maioria dos produtores. “Entre 30% e 40% querem expandir, o que já aponta a necessidade de planejamento e apoio técnico para evitar prejuízos e garantir viabilidade econômica”, explicou.

Sistemas intensivos ganham espaço

Outro ponto levantado pelo estudo é o avanço dos sistemas intensivos, como compost barn e free stall, que vêm substituindo gradualmente os modelos tradicionais de produção a pasto e semiconfinados.

“O produtor busca conforto para os animais e para a família, mas é preciso cautela. A adoção desses sistemas exige planejamento criterioso para garantir que a atividade continue rentável”, alertou Piovezan.

Atualmente, a região ainda mantém a produção a pasto como predominante, utilizando suplementação estratégica no inverno e em períodos de seca. Entretanto, a busca por maior eficiência e produtividade vem acelerando a adoção de estruturas modernas.

Perspectivas para a cadeia leiteira do Paraná

Com base no diagnóstico do IDR-PR, o futuro da bacia leiteira do Sudoeste depende da combinação entre investimentos, capacitação e políticas públicas que atendam às diferentes realidades dos produtores.

Apesar das dificuldades, o setor se mostra resiliente e com forte disposição para crescer. O estudo aponta que a inovação, aliada ao suporte técnico e ao planejamento, pode garantir competitividade e sustentabilidade à produção de leite no estado.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Jornal de Beltrão

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