O produto, que possui reconhecida importância histórica, cultural, econômica e social para o Estado, pode evoluir ainda mais em relação às condições das queijarias, boas práticas para a obtenção do leite e na adoção de medidas para o aumento da qualidade do produto final.
Como forma de contribuir para a elevar essa qualidade e orientar produtores sobre a atualização das legislações vigentes, a EPAMIG diferentes tipos de projetos de pesquisa nas regiões produtoras. E, recentemente, lançou uma edição do Informe Agropecuário com o tema “Queijos artesanais mineiros” que aborda, entre outros assuntos, as normas que passaram por ampliação e modificações nos últimos dez anos.
A produção de queijos artesanais no Brasil é uma atividade tradicional em muitas regiões, sendo a principal fonte de renda para a agricultura familiar. A característica fundamental dos queijos artesanais brasileiros é a utilização de leite não pasteurizado, o que confere sabor e aroma diferenciados daqueles fabricados a partir de leite pasteurizado. Além disso, a produção do queijo artesanal caracteriza a identidade sociocultural de diversos estados e regiões brasileiras.
Neste aspecto, Minas Gerais destaca-se como o maior e o mais importante produtor de queijos artesanais do Brasil. No Estado, o produto é elaborado conforme a tradição histórica e cultural da região onde é produzido, a partir do leite cru integral, hígido, recém-ordenhado ou fresco, retirado e beneficiado na propriedade de origem. A produção dos queijos artesanais é responsável por gerar renda para cerca de 30 mil famílias mineiras, que produzem, aproximadamente, 85 mil toneladas de queijo por ano.
A revista teve a coordenação dos pesquisadores Denise Sobral, Renata Golin Bueno Costa e Junio César Jacinto de Paula da EPAMIG – ILCT, em Juiz de Fora, referência na pesquisa e em tecnologia para leite e derivados. E pode ser adquirida na Livraria EPAMIG (www.livrariaepamig.com.br). Valor R$20.
Monitoramento da qualidade dos queijos artesanais
Como parte do projeto de “Monitoramento da qualidade de queijos artesanais e capacitação de técnicos e produtores visando agregação de valor e competividade”, financiado pela Fapemig/ Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), os pesquisadores da EPAMIG/ILCT reuniram-se, no mês fevereiro, com produtores da Serra da Mantiqueira e de Alagoa, regiões avaliadas pelo projeto.
Nesta primeira etapa, os produtores responderam a questionários e receberam kits para a coleta de amostras do leite, do queijo, do soro, da água e da salmoura. O material coletado passou por análises físico-químicas e microbiológicas nos laboratórios da EPAMIG ILCT. Finalizando essa fase, os pesquisadores estiveram na região para entregar os relatórios individualizados e apresentar os resultados aos produtores.
A sequência do projeto prevê a implementação de ações para assegurar a qualidade e segurança dos queijos e o treinamento de produtores, extensionistas e técnicos. “Nosso objetivo é atuar no desenvolvimento de estratégias atualizadas sobre boas práticas e medidas para o aumento da qualidade do produto final. Oferecendo ao produtor e a seus queijos segurança e confiabilidade. Temos que ressaltar o apoio da Fapemig que tem nos possibilitado essa incursão pelas diferentes regiões produtoras”, afirma Junio de Paula, coordenador do projeto.
Fonte: Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais