A produção de leite no Brasil manteve sua trajetória de crescimento em 2024, registrando aumento em relação ao ano anterior, conforme dados do Itaú BBA divulgados em setembro.
Mesmo com a expansão da oferta, os preços ao produtor têm se mantido firmes, refletindo uma demanda interna aquecida e condições climáticas que impactaram negativamente a produção em algumas regiões.
Segundo o relatório, Minas Gerais continua sendo o estado líder na produção de leite, mas os estados do Sul do país registraram os maiores avanços em produtividade. Enquanto isso, no Nordeste, a pecuária leiteira tem mostrado crescimento expressivo, com destaque para Sergipe e Alagoas, apesar de a participação da região no total nacional ainda ser pequena.
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Impacto climático e importações
No Rio Grande do Sul, as chuvas intensas reduziram a produção no segundo trimestre, enquanto a seca e o calor no Sudeste e Centro-Oeste também comprometeram os níveis de produção. Mesmo assim, a relação de troca favorável entre o leite e o milho deve estimular o aumento da oferta nos próximos meses, com a expectativa de regularização das chuvas.
As importações, que tiveram alta no início do ano, apresentaram queda no segundo trimestre, mas ainda acumulam crescimento de 5% até agosto, totalizando 1,5 bilhão de litros, segundo a Embrapa Gado de Leite.
Indústria e preços
Do lado da indústria, os spreads de produtos como leite UHT e muçarela continuam positivos, pois os preços dos derivados caíram menos que o do leite cru, favorecendo as margens da indústria. A demanda doméstica, impulsionada pelos bons indicadores de renda e emprego, também tem sustentado o consumo de lácteos.
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O cenário futuro aponta para a manutenção dos preços firmes no curto prazo, enquanto o setor aguarda uma recuperação mais robusta da oferta com a regularização climática.