A produção de leite aumentou 4,6% em julho no Brasil, sendo que todos os estados registraram alta na captação, principalmente com crescimento de 8% em Minas Gerais, 4,7% no Rio Grande do Sul e de 4,1% em Santa Catarina.
Os dados são do Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que mostra a recuperação por conta dos investimentos dos pecuaristas na nutrição do rebanho bovino.
Produção de leite no Brasil
Mesmo que o Custo Operacional Efetivo (COE) tenha subido 0,62% em julho, a margem bruta do produtor se manteve em alta na média do país, avançando 3,93% de junho para julho, passando de 82 centavos de Real/litro para 85 centavos de Real/litro.
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Os cálculos são do Cepea em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com base em propriedades analisadas pelo Projeto Campo Futuro.
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O valor, porém, ainda supera em 7,9% o de julho de 2023. Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 30,1% desde o início de 2024, a média de janeiro a julho deste ano, que é de R$ 2,50/litro, está 11,5% inferior à do mesmo período de 2023.
Importações
Além do avanço na produção interna, as importações continuam aumentando a disponibilidade de lácteos no mercado nacional. Em junho, houve aumento de 37,4% nas compras, alcançando 251,1 milhões de litros em equivalente leite, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Essa quantidade supera em 35,3% a aquirida no mesmo período do ano passado.
Mercado
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Além disso, as indústrias de laticínios seguiram com dificuldade em garantir margem nas vendas dos lácteos. Segundo pesquisas do Cepea apoiadas pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o leite UHT, a muçarela e o leite em pó fracionado tiveram desvalorização de 5,68%, 2,03% e 0,25%, respectivamente, em julho – o que também influenciou o pagamento da matéria-prima daquele mês.
Diante desse cenário, a expectativa é de que o terceiro trimestre seja marcado pelo recuo das cotações do leite cru.