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17 jul 2025
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Produção de leite cresce 60% em uma década e supera soja e milho como principal fonte de renda no campo, movimentando R$ 165 milhões na economia local.
Frederico Westphalen alcançou uma marca histórica na produção de leite e consolida-se como um dos principais polos da bovinocultura leiteira do Rio Grande do Sul.
Frederico Westphalen alcançou uma marca histórica na produção de leite e consolida-se como um dos principais polos da bovinocultura leiteira do Rio Grande do Sul.

A produção de leite em Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul, cresceu 60% entre 2015 e 2024, consolidando-se como a principal fonte de renda do agronegócio local.

A informação é da Emater, que apontou o leite à frente da soja e do milho na geração de receita rural no município, com impacto direto de R$ 54 milhões e efeito total estimado em R$ 165 milhões no PIB local.

Apesar de a quantidade de propriedades leiteiras ter caído de 374 para 169 no período, o desempenho produtivo dos que permaneceram na atividade melhorou consideravelmente.

Segundo o engenheiro agrônomo Jeferson Vidal Figueiredo, do escritório municipal da Emater, a alta na produtividade reflete o avanço técnico e a profissionalização dos produtores.

“Mesmo com menos produtores, a eficiência aumentou. Temos propriedades atingindo produtividade de 47 litros por vaca por dia.

Isso é fruto de gestão profissional, genética de qualidade, alimentação balanceada e controle de custos”, explicou Figueiredo, que também ressalta a importância do conhecimento técnico para manter a viabilidade econômica da atividade. “A margem é curta e exige eficiência máxima”, pontuou.

Para discutir essa evolução e os desafios futuros da bovinocultura leiteira, Emater e entidades parceiras organizam o evento “Evolução da Bovinocultura de Leite em Frederico Westphalen”, no dia 16 de julho, às 19h, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

A programação inclui a palestra “Sistemas de Produção de Leite: Desafios, Oportunidades e Viabilidade Econômica”, além da apresentação de dados atualizados e mesa-redonda com representantes de instituições, universidades, setor público e produtores.

O desafio da sucessão rural

Mesmo diante dos avanços, a continuidade da atividade leiteira enfrenta um obstáculo importante: a sucessão familiar. Segundo Figueiredo, é necessário romper com o amadorismo e encarar o leite como um negócio rural.

“Quem quiser continuar na atividade precisa investir em capacitação, buscar assistência técnica e profissionalizar a gestão. Não se trata apenas de tirar leite, mas de gerir uma empresa rural”, destacou.

A região noroeste do Rio Grande do Sul, onde está localizado Frederico Westphalen, tem se consolidado como referência nacional na produção de leite. O município aparece como exemplo de articulação institucional, planejamento técnico e protagonismo dos produtores na condução do desenvolvimento rural.

“Chegamos até aqui com muito esforço. Agora, o nosso desafio é pensar nos próximos passos. Como garantir a permanência do jovem no campo? Como aumentar a rentabilidade sem aumentar os custos? Esses serão os temas centrais do nosso encontro”, afirmou Figueiredo.

Inscrições

As inscrições para o evento são gratuitas, com vagas limitadas. Interessados devem procurar o escritório da Emater local ou entrar em contato com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Frederico Westphalen.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de LA+

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