É o que mostra a “Atualização do mercado de leite”, levantamento anual apurado pelo “Radar Agro do Itaú BBA”, também com base em pesquisa realizada pelo IBGE, referente ao ano passado.
Conforme estudo, 2024 tem mostrado novo crescimento da produção leiteira em relação a 2023.
Após um período de considerável elevação dos preços recebidos pelos produtores, entre janeiro e maio, mesmo com aumento da produção relativamente ao ano anterior, os preços começaram a se estabilizar a partir de junho.
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Do ponto de vista conjuntural, apesar da boa relação de troca entre leite e milho, no 2º trimestre de 2024 o crescimento da oferta desacelerou, pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul que provocaram retração de 10% na produção do estado e um incremento modesto de 0,8% na produção brasileira.
Outros estados que também registraram queda de produção no 2ºT 24/23 foram GO, SP e SC, porém, MG expandiu 7%, ou seja, mesmo com boa oferta, os preços subiram consideravelmente. Na média Brasil, calculada pelo Cepea, o preço de agosto (R$ 2,76/l) foi 29% maior sobre jan/24.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges, “preço é resultante de oferta e demanda. Se a oferta cresce e o preço continua estável, é sinal de que a demanda está elevada, o que é muito bom. Os supermercados registram elevação de consumo em geral, não somente no leite”.
Segundo especialistas, alguns fatores têm ajudado, como o baixo nível de desemprego, o crescimento do PIB, a baixa taxa de inflação. “E isso acaba refletindo no consumo de leite e derivados”, reforça o presidente. No mesmo período, o milho no Triângulo Mineiro, por exemplo, recuou 24%.
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Do ponto de vista das importações no 2º trimestre, estas foram 6% menores frente à mesma época de 2023, após expandir 11% no 1º trimestre. Já no acumulado até agosto, o crescimento é de 5%, em um total de 1,5 bilhão de litros, segundo cálculos da Embrapa Gado de Leite.
Depois da interrupção das altas dos preços ao produtor em junho e julho, havia a expectativa de certa acomodação para os preços nos meses subsequentes, porém agosto veio com leve alta (1,4%) na média Brasil, em relação a jul/24, atribuído à recuperação mais lenta que o normal na produção.