A história do jaboticabense Mateus Bortoluzi Bisognin é marcada pela sucessão geracional do meio rural, em que ao longo dos seus 29 anos segue o exemplo do pai e avô na produção de grãos.
Jaboticaba
(Foto: Joana Kraemer)

Bisognin conta que os primeiros passos em direção à produção agrícola foram dados pelo avô, Vitelio Bisognin, que chegou às terras da região do Médio Alto Uruguai vindo de Nova Palma, na Quarta Colônia, com seu pai, José Elizeu Piovesan Bisognin, ainda criança, em busca de uma área fértil de produção. “Ele veio, se instalou no município, onde tinha terras mais férteis, era pequeno produtor. Depois disso foram comprando mais pedaços de terra e evoluindo. Hoje, eu e um tio, que somos sócios, produzimos 450 hectares”, detalha.

O jovem agrônomo explica que retornou ao município há cerca de seis anos, após o período de formação no curso de Técnico Agrícola e da graduação em Agronomia, pela Universidade Federal de Santa Maria, campus de Frederico Westphalen (UFSM-FW). “Eu saí, estudei, sou técnico agrícola e engenheiro-agrônomo, e retornei para minha propriedade, para continuar com as atividades da lavoura”, conta. Bisognin ainda ressalta a importância do incentivo familiar na educação.

– A minha motivação para continuar no campo vem do exemplo familiar. Minha família sempre me apoiou, para que primeiro eu pudesse estudar, para ter um conhecimento técnico, e retornar para casa, para tocar a propriedade. Conseguir ter a experiência técnica e aliar a prática de produção.

Atualmente, na propriedade, a família trabalha com a plantação de grãos, como soja, milho, trigo e demais atividades e, de acordo com Bisognin, o segredo para a evolução da família está diretamente relacionado com a aplicação do conhecimento que recebeu durante a formação e a utilização de tecnologias facilitadoras no campo. “Meus pais e tios que trabalham juntos são bem abertos para a adesão das novas tecnologias. Está tudo mudado na agricultura, e se a gente não se adequar a essas novas tecnologias, a propriedade vai ficando atrasada. Eu sempre digo que hoje a gente trabalha mais com a cabeça do que com os braços, tudo se tornou um pouco mais fácil”, explica

Nos seis anos que Bisognin retornou à propriedade da família, a Prefeitura de Jaboticaba prestou importantes auxílios na produção agrícola familiar, principalmente no que se refere à utilização do maquinário, terraplanagens, serviço de draga e caçamba, cascalho e auxílio de nivelamento na localidade. “A prefeitura sempre auxiliou a gente nos processos que precisamos, tanto com maquinário, quanto com outras atividades técnicas, que são desempenhadas em conjunto com meu pai”, salienta.

Administração voltada ao pequeno produtor

O secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Jaboticaba, José Stefanello, que está há dois anos à frente da pasta e trabalha em conjunto com a Secretaria de Obras, detalha que a administração municipal está comprometida com o meio rural, principalmente, com os pequenos produtores. “No meio rural, principalmente com os pequenos agricultores, a gente desenvolve três projetos diretamente, que são o Troca-Troca de Sementes de Milho, incentivo a sementes de pastagem de inverno e verão e a questão do auxílio com a retroescavadeira, para a abertura de silos de silagem, para produtores de leite, abertura de contenção de água e curvas
de níveis de cobertura, para unidades produtoras e grãos”, explica o secretário.

A pasta está desenvolvendo esse trabalho em parceria com os produtores, sempre disponível para receber as demandas dos agricultores e disposta a implementar projetos para aumentar as áreas produtoras do município, dentro do que as normativas indicam. Para que o trabalho seja efetivo aos produtores rurais, a administração municipal trabalha em parceria com entidades como a Emater e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, além de contar com o incentivo das cooperativas de créditos e grãos, que fazem parte do Conselho Administrativo. “Conseguindo aumentar a área plantada significa mais produção, é mais ganho para o município e para os produtores”, sintetiza Stefanello, que ainda detalha a importância da integração do meio agrícola para o desenvolvimento do município

– O meio agrícola do nosso município é interligado, não há uma entidade sozinha, a agricultura faz um trabalho de ligar essas entidades, porque cada um trabalhava solto, e nós, juntos, estamos atingindo os produtores do nosso município, tentando sempre favorecê-los – finaliza.

A distribuidora Gefrescos quer que a Danone seja condenada em tribunal a pagar cerca de 5 milhões e 500 mil euros. A Danone recusa ter feito imposição e fixação de preços.

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