Após prejuízo de quase R$ 150 mil, o pecuarista montou uma estrutura para comportar o rebanho com segurança; conheça o sistema adotado
Após prejuízo de quase R$ 150 mil, o pecuarista montou uma estrutura para comportar o rebanho com segurança; conheça o sistema adotado

O bem-estar animal é um pilar da produção leiteira. Há pecuarista que aposta em música para estimular os animais e mantê-los focados. Outro investe em colchões para descanso. Já Rodrigo Mores, de Campina Verde (MT), foi além: construiu um hotel de luxo para o rebanho. Mas ele não estava de olho apenas no volume de leite diário; queria impedir novos acidentes com as vacas.

Em 2018, o produtor mato-grossense perdeu 30 animais para lesões e doença, ocasionadas pelas dificuldades de manejo nas áreas irregulares da propriedade, em época de chuvas. “É difícil lidar com a lama. Perdi animais devido a problemas de cascos, mastite e coisas assim”, relembra.

Mores explica que a solução foi buscar um sistema que desse mais conforto às vacas. “Os animais expressam muito o ambiente em que estão: quando você chega no local e os eles estão todos de pé, é porque não está bom”, diz.

O investimento também trará retorno financeiro, segundo o pecuarista. “A princípio, os estudos realizados mostram que podemos aumentar até três litros diários por animal”, conta.

O sistema

Composto barn é o nome do sistema adotado por Mores para abrigar as 60 vacas em lactação. A ideia foi importada de Santa Catarina e aprimorada pelo pecuarista e a filha, Camila. “É um barracão normal, com cinco metros de pé direito para ventilar bastante. Estou usando uma cama feita de casca de arroz e casca de algodão. Devo ser o primeiro a fazer isso no Brasil, pois, normalmente, usa-se maravalha, casca de café e de amendoim. Como temos a opção, demos preferência por ter muita algodoeira na região”, explica Mores.

Segundo o pecuarista, os resultados são excelentes. “Fica macio e seco, porque é um processo de compostagem. Todo dia, a gente passa o pé de pato, escarifica, mistura a parte úmida com a seca. A parte de cima fica fria e a de baixo, quente. Não preciso nem falar, os animais dormem que chegam a virar os olhos”, diz.

Rodrigo Mores não reluta sobre o investimento. Para ele, valeu muito a pena. “Se você considerar que uma matriz leiteira custa entre R$ 4 mil e R$ 5 mil e eu perdi 30 no ano passado, então daria quase R$ 150 mil. O barracão custou R$ 100 mil, com tudo”, afirma. “O nosso dinheiro são os nossos animais. Se os perdermos, estamos perdendo dinheiro”.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

Você pode estar interessado em

Notas
Relacionadas

Mais Lidos

Destaques

Súmate a

Siga-nos

ASSINE NOSSO NEWSLETTER