“Quem deixar sem resposta os nossos apelos para encontrar rapidamente, através do diálogo, uma solução vai certamente ter de enfrentar uma revolta descontrolada cujas consequências não conseguimos prever”
“Lamentamos que até hoje os nossos apelos ao diálogo entre Produção, Indústria e Distribuição, moderados pelo Governo, tenham sido ignorados. Quem deixar sem resposta os nossos apelos para encontrar rapidamente, através do diálogo, uma solução vai certamente ter de enfrentar uma revolta descontrolada cujas consequências não conseguimos prever”, realçou a associação.
Na sexta-feira, mais de uma centena de produtores de leite reivindicou, na Póvoa de Varzim (Porto), a “subida urgente” do preço pago à produção do leite, avisando que estão no “fim da linha” e ser “imoral” 30 cêntimos por litro.
“Pela sobrevivência do setor 0,38 Euro/litro”, “Exigimos um preço do leite justo pago à produção”, “Anunciamos a morte do setor”, “É urgente justiça no setor”, “Lutaremos até ao fim”, “É imoral, uma vergonha”, “Quem fica com o nosso dinheiro?”, “Antes tínhamos um teto, agora não temos nenhum”. Estas eram algumas das frases que se podiam ler nos cartazes que os produtores de leite portugueses mostravam na manifestação marcada para a entrada da cooperativa de leite Agros.
O custo do litro de leite pago ao produtor em outubro transato em Portugal foi de 30 cêntimos, enquanto a média paga na União Europeia é de 38 cêntimos, um preço que os produtores de leite exigem que lhes seja pago já este mês de novembro, sob a pena de terem de fechar dezenas de vacarias em Portugal.