Desde o dia 10 de março, cerca de 6 mil produtores da região oeste do Estado do Mato Grosso começaram uma paralisação e não estão entregando leite aos laticínios.

Desde o dia 10 de março, cerca de 6 mil produtores da região oeste do Estado do Mato Grosso começaram uma paralisação e não estão entregando leite aos laticínios. Segundo Luciano Rodrigues, presidente da Associação de Produtores de Leite da Região Oeste de MT (APLO), o retorno das entregas só será retomado quando produtores e empresas entrarem em acordo quanto aos preços pagos.

Rodrigues comenta que o pagamento realizado em fevereiro, referente ao leite captado em janeiro, teve queda de R$ 0,20 por litro. E isto de deu sem aviso prévio por parte de cinco laticínios, o que revoltou os produtores. “Não houve um comunicado, um aviso oficial de que iriam baixar os preços desse jeito”.

Com a queda, o preço médio na região está em torno de R$ 1,58 por litro, para o produto refrigerado na propriedade rural, e R$ 1,48 por litro de leite “quente”. O presidente da APLO afirma que, com estes patamares de preço e os atuais custos de produção, os produtores estão ficando no prejuízo.

Depois da queda dos R$ 0,20, Rodrigues afirma que os laticínios anunciaram que iriam baixar mais R$ 0,15 por litro, para o leite captado em fevereiro – que seria pago em março – e mais R$ 0,15 em abril para o leite captado em março.

“O que queremos para retomar as entregas aos laticínios é que eles nos ressarçam dos R$ 0,20 que foi tirado e que a gente consiga negociar o pagamento do leite captado em abril. Hoje a gente entrega o leite sem saber quanto vão nos pagar, e queremos poder trabalhar seguros”, disse.

Com o leite que não está sendo entregue aos laticínios, os produtores estão fazendo quejos, doces ou liberando os bezerros para mamar, mas não está havendo descarte, disse Rodrigues.

 

A partir de segunda-feira, 18 de novembro, agricultores se mobilizam contra o acordo de livre-comércio entre a Europa e cinco países da América Latina, rejeitado pela França. François-Xavier Huard, CEO da Federação Nacional da Indústria de Laticínios (FNIL), explica a Capital as razões pelas quais o projeto enfrenta obstáculos.

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