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1 jul 2025
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🥛 Mesmo com menos produtores, produção e produtividade no leite seguem em alta no RS.
Os municípios da região são responsáveis por quase 41% da produção estadual, sendo São Lourenço do Sul, o quarto maior produtor de leite do estado. (Foto: divulgação)
Os municípios da região são responsáveis por quase 41% da produção estadual, sendo São Lourenço do Sul, o quarto maior produtor de leite do estado. (Foto: divulgação).

Apesar dos desafios, o setor leiteiro do Rio Grande do Sul segue mostrando força e resiliência.

Dados do Sindilat/RS apontam que o estado é responsável por 11,63% da produção nacional, com 4,11 bilhões de litros de leite ao ano — um salto de 74% desde 2004.

O Brasil ocupa hoje a terceira posição no ranking mundial de produção de leite, crescendo entre 4% e 5% ao ano, segundo a Agência Senado. E o Rio Grande do Sul, com seus 122 mil produtores e 247 laticínios registrados, é peça-chave nesse cenário.

Na Zona Sul do estado, a bovinocultura leiteira ganha ainda mais relevância: a região responde por quase 41% da produção estadual. São Lourenço do Sul, por exemplo, é o quarto maior produtor de leite do RS, com destaque para a atuação da Coopar Pomerano.

De acordo com a Emater Regional Pelotas, o momento atual é positivo para a cadeia produtiva. Segundo a médica veterinária Mara Saalfeld, há aumento da produtividade, clima favorável e investimentos na melhoria das pastagens. “Os produtores estão voltando ao leite, diante da instabilidade em outras atividades”, afirma.

Mesmo com a exigência de modernização — como o uso obrigatório de resfriadores a granel imposto pela Instrução Normativa 7677 — o setor mostra sinais de recuperação. Em 2015, o estado contava com 84 mil produtores; esse número caiu para 33 mil em 2023, mas se estabilizou e até apresentou leve alta em 2024.

Nos 22 municípios atendidos pela Emater Regional, 16 planejam e investem na bovinocultura leiteira. Em 2025, são 525 produtores assistidos diretamente pela Emater — uma redução pequena em relação ao ano anterior, sem impacto negativo na produção, que segue em alta.

Entre as vantagens da atividade, destaca-se a geração de renda mensal para o produtor, ao contrário de culturas como soja ou fumo, com retorno apenas na colheita anual.

Milk Summit Brazil 2025
O setor também se organiza em eventos estratégicos. No dia 12 de julho, data em que o Brasil celebra o Dia Nacional do Produtor de Leite (instituído pela Lei 14.870), será apresentada oficialmente a programação do Milk Summit Brazil 2025 — evento que promete ser o maior encontro da cadeia leiteira do Sul do país.

A largada do evento acontece no Auditório do Sicredi, em Ijuí (RS), com palestras, premiações e debates. O economista Valter Galan (Milkpoint) abrirá o encontro abordando as tendências do mercado leiteiro. Em seguida, representantes de Emater, Senar, Sebrae, FecoAgro, Gadolando, Gado Jersey, Fazenda San Diego e Milkpoint discutirão o papel das instituições no fortalecimento do setor, com mediação de Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat/RS.

O Milk Summit é organizado pela Secretaria da Agricultura do RS, FecoAgro, Sindilat, Emater, Suport D Leite, Impulsa Ijuí e Prefeitura de Ijuí. A cidade é destaque no fornecimento de leite cru para a indústria, com produção anual de 741,9 milhões de litros e um rebanho de mais de 157 mil vacas leiteiras. O Valor Bruto da Produção local chega a R$ 2,03 bilhões ao ano.

Para acompanhar as novidades do evento, siga: @milksummitbrazil

 

*Adaptado para eDairyNews, com informações de  Jornal Tradição Regional

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