No quinto dia de mobilização, iniciada no último dia 15, os produtores de leite de Rondônia reclamaram da falta de diálogo com as empresas.

No quinto dia de mobilização, iniciada no último dia 15, os produtores de leite de Rondônia reclamaram da falta de diálogo com as empresas. Segundo o produtor Rui Barbosa de Souza, de Candeias do Jamari, organizador da mobilização, os produtores tem 16 grupos no WhatsApp para a comunicação em todo estado e mais 20 grupos por regiões. Ele estima que 40% do fornecimento de leite para as empresas está paralisado. “Temos informações que as empresas não tem estoques como divulgam. Por isso, vamos manter firme na paralisação até que haja acordo nos valores”, afirmou.

Os laticínios informaram que houve redução de demanda e, com isso, o preço pago pelo litro do leite será de R$ 0,60. Os produtores estimam custo de produção em torno de R$ 1,10 e querem o preço de venda em R$ 1,45. Os laticínios não concordam com esse valor.Rui reafirmou que o movimento é sem violência e consiste no “não fornecimento de leite”. No final da semana passada, alguns produtores chegaram a bloquear a passagem de caminhões leiteiros, em municípios do interior do estado. O leite que não está sendo entregue vem servindo para a amamentação de bezerros e o excedente, os produtores estão produzindo queijos artesanais e vendendo o leite à granel diretamente ao consumidor.

O produtor Ademir Olavo, conhecido como irmão Nenê, da linha Pavão, em União Bandeirantes (distrito de Porto Velho), gravou vídeo e postou nos grupos para manifestar sua indignação com o baixo preço do leite. Reclama que um saco de sal custa R$ 130,00 e uma vaca leiteira está em torno de R$ 5 mil reais, e o valor recebido pela venda do leite não cobre as despesas. Considerou “covardia” a política leiteira do estado e a falta de diálogo com os produtores. “Aqui em União Bandeirantes são 45 mil litros de leite por dia, e vamos continuar parados porque não compensa vender a R$ 0,60 como querem os laticínios”, declarou.

Proleite

Os produtores também teceram crítica ao Projeto que institui o Programa Proleite, do governo estadual. “O governo vai pagar alto para os laticínios que vão continuar comprando por uma mixaria da gente”, desabafou Rui Barbosa de Souza. Nos debates nas mídias sociais, os produtores sugerem que, o governo garantisse o preço mínimo do leite para evitar a exploração das empresas contra os produtores.

Produtores de leite preveem aumento de 6% neste ano.

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