O simental pode até parecer bravo, mas é conhecido pela docilidade, uma característica que facilita o manejo. De origem suíça, a raça é encontrada em várias partes do Brasil.
O pecuarista Adib Dau Neto lembra que o simental é um gado de dupla aptidão: tem bom desempenho tanto no mercado de carne quanto no de leite.
Adib tem 50 exemplares da raça. O rebanho é destinado à venda de sêmen, de embriões e de animais. Tudo gira em torno do melhoramento genético.
Paulo Roberto Tonin é veterinário de uma fazenda em Itapetininga onde o foco é produzir leite. Na propriedade, há 40 animais em fase de lactação. Algumas vacas são puras, outras simlandês, ou seja, fruto do cruzamento entre o gado holandês e o simental. Juntas fornecem mil litros de leite por dia para laticínios da região.
(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 07/04/2019)
Ao contrário do que acontece com o macho das raças holandesa e jersey, que é descartado por não ter muita utilidade, se o pecuarista optar por cruzar alguma dessas raças com o simental, o boi pode ser usado como gado de corte.
Paulo conta que, na fazenda onde trabalha, os novilhos são criados para venda da carne, o que aumenta a renda do produtor. Os animais atingem 500kg aos 15 meses de idade, quando são abatidos.
O pai do Martin Breuer foi o primeiro produtor da raça simental do estado de São Paulo. A criação começou há quase 45 anos e permanece até hoje.
O pecuarista afirma que, na época, o pai queria uma raça que pudesse aproveitar tanto machos quanto fêmeas, aumentando assim o retorno econômico.
Hoje em dia, o rebanho tem 170 cabeças com animais puros e mestiços. 47 vacas são destinadas à produção de leite e fornecem quase 700 litros por dia. Ao invés de ir para laticínios, a matéria-prima é usada na produção de queijos artesanais na própria fazenda. São mais de 20 tipos.