Balança de lácteos – A balança comercial de lácteos registrou déficit de 1,12 bilhão de litros em equivalente leite em 2018, redução de 1% quando comparado ao ano anterior. Em valores, a balança comercial em 2018 fechou com saldo negativo de US$ 430,1 milhões, montante 4,2% menor que o de 2017.
Esse cenário é resultado, principalmente, dos menores volumes de importação, reflexo das quedas de 6,4% e de 6,7% nas compras de leites em pó (874,1 milhões de litros em equivalente leite) e queijos (291,6 milhões de litros em equivalente leite), respectivamente. No ano passado, foram internalizados 1,18 bilhão de litros em equivalente leite, recuo de 6,2% frente a 2017. A menor demanda brasileira esteve atrelada, principalmente, ao desaquecimento do consumo doméstico. A Argentina continuou sendo o principal país a fornecer lácteos ao Brasil, tendo enviado 710,5 milhões de litros em equivalente leite em 2018 (59,6% do total). Essa quantidade foi 29,4% maior do que a registrada em 2017. As compras de leites em pó e queijos argentinos registraram variações positivas de 34,8% e 16,7%, respectivamente. Por outro lado, o Uruguai, que participou com 30,5% do volume total importado em 2018 (363,5 milhões de litros em equivalente), reduziu os embarques de leite em pó em 36,3% e de queijos em 41,4%. Desse modo, as compras uruguaias caíram 37,3% em relação a 2017. Quanto às exportações, a baixa disponibilidade de leite no mercado doméstico, atrelada ao aumento dos preços, pressionou as compras brasileiras em 51%, indo de 136,5 milhões de litros em equivalente leite em 2017 para 66,8 milhões de litros em equivalente leite em 2018. Com os preços internos superiores aos internacionais e com a taxa de câmbio elevada, as negociações foram menos atrativas aos compradores. Os destinos dos lácteos brasileiros também mudaram de 2017 para 2018. Os envios à Venezuela, ao Chile e à Argélia, em volume, caíram 99%, 25% e 62%, respectivamente, nesse período, de modo que, em 2018, os países que mais demandaram derivados do Brasil foram Chile, Argentina e Paraguai. O principal lácteo exportado foi o queijo, com 29,2 milhões de litros em equivalente leite.