Doze produtores gaúchos já podem comercializar, em todo o país, seus queijos graças a obtenção do Selo Arte.
Selo, Com apoio do Sebrae, 32 produtos foram beneficiados com a medida que atende aos esforços do governo federal para a recuperação da economia do estado
Com apoio do Sebrae, 32 produtos foram beneficiados com a medida que atende aos esforços do governo federal para a recuperação da economia do estado.
Doze produtores gaúchos já podem comercializar, em todo o país, seus queijos graças a obtenção do Selo Arte. Até segunda-feira (8), já haviam sido concedidos 32 selos graças a uma força tarefa mobilizada pelo Sebrae RS.

Nossa expectativa é de que essas queijarias possam acessar novos mercados, ganhar clientes em todo território nacional e que possam continuar a mostrar a cultura e a história do Rio Grande do Sul através do saber fazer que é passado de geração para geração. O papel do Sebrae é estar junto e apoiar o desenvolvimento e o crescimento de seus clientes,

Aline Balbinoto, analista de Competitividade Setorial do Sebrae RS, coordenadora de projetos de Leite e Derivados do estado.

A queijaria Fendt, de São Borja/RS, é uma das marcas que já receberam a certificação. A produtora Daniela Fendt conta que anteriormente só contava com o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e que por isso só conseguia comercializar o produto em feiras. No entanto, com a catástrofe climática que acometeu o Rio Grande do Sul, esses espaços de comercialização foram cancelados ou transferidos.

Selo artesanal permite que os queijos atravessem fronteiras – eDairyNews-BR

Foi então que os produtores, com apoio do Sebrae e outras instituições, passaram a pleitear ao Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa) liberação para comercializar os queijos em outros estados. Como resposta, o governo federal publicou a Portaria SDA/MAPA 1.114, de 15 de maio de 2024, autorizando o ingresso e comercialização de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul, em caráter emergencial, durante o prazo de 90 dias.

“Agora poderemos vender para o Brasil nossos produtos que são feitos com muito carinho e dedicação. Com a certificação estamos escrevendo um novo capítulo na nossa história”, comenta Daniela, que recebeu o Selo Arte para o Queijo Colonial que produz. Ela acredita que que sem o movimento e apoio direto do Sebrae o selo não seria viabilizado. E conta, ainda, que a queijaria está no processo para a certificação do doce de leite e do queijo autoral Lindeiro.

Assim como Daniela, de acordo com Aline Balbinoto, novas queijarias do estado ainda poderão obter o selo. Além das artesanais, a iniciativa também estende o selo para as agroindústrias de produtos de origem animal. “Desde que cumpram os requisitos do Mapa, mantendo sua singularidade e as características tradicionais, culturais ou regionais do produto”, indica a analista.

Ainda conforme Aline, dentro das diversas ações do Sebrae para recuperação dos pequenos negócios, algumas consultorias foram disponibilizadas gratuitamente através da plataforma UNIO (uniosebrae.com.br).

Através dessas consultorias os produtores de queijos e doces de leite artesanais tiveram toda a documentação montada e encaminha para a obtenção do selo arte,

Aline Balbinoto, analista de Competitividade Setorial do Sebrae RS, coordenadora de projetos de Leite e Derivados do estado.

Rito do selo

Conforme a consultora do Sebrae RS Raquel Cavadas Tavares Mesquita, o papel da instituição na viabilização do processo foi de conhecimento técnico e expertise sobre o assunto. Ela explica que essa é política inclusiva que permite salvaguardar receitas tradicionais e a manutenção dos saberes em produtos feitos de forma artesanal e local.

“Para ser considerado artesanal, o produto precisa ser registrado (estar legalizado junto à inspeção), a matéria-prima ser própria ou de origem determinada, o processo ser feito por quem o domina (ex.: o produtor consegue pegar o leite e transformá-lo em queijo maturado) e ter um vínculo com o território”, explica Raquel. O Selo Arte é uma política pública federal que iniciou suas publicações (ferramentas legais) em 2018 e que visa dar livre comércio aos produtos artesanais brasileiros.

 

 

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A partir de segunda-feira, 18 de novembro, agricultores se mobilizam contra o acordo de livre-comércio entre a Europa e cinco países da América Latina, rejeitado pela França. François-Xavier Huard, CEO da Federação Nacional da Indústria de Laticínios (FNIL), explica a Capital as razões pelas quais o projeto enfrenta obstáculos.

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