Quase um mês após a identificação como patrimônio cultural e imaterial de Minas Gerais, o Governo do Estado finalmente publicou a Lei nº 24.379, que reconhece como relevante interesse cultural o modo de fazer o queijo Cabacinha.
Segundo a analista técnica do Sistema Faemg Senar Paula Lobato, o Estado possui diversidade de produtos e técnicas que denotam uma tradição queijeira que merece ser reconhecida.
“O queijo Cabacinha é um tipo de queijo artesanal tradicional nas regiões do Jequitinhonha e do Mucuri, produzido a partir de leite cru. Ele se difere do Queijo Minas Artesanal uma vez que a massa é submetida a um aquecimento e, posteriormente, moldada em formato peculiar de cabaça.
A publicação desta lei é motivo de comemoração, pois reforça a memória cultural deste nosso bem, incentiva o desenvolvimento local e fomenta os pequenos produtores”, explica.
O produtor rural José Alves dos Santos, de Joaíma, comemora a conquista. “É mais um passo importante para que a gente consiga a regulamentação. O primeiro deles foi o reconhecimento, pelo IMA, da região do Baixo Jequitinhonha como produtora do queijo Cabacinha.
Foi feita uma caracterização regional abrangendo nove municípios: Cachoeira do Pajeú, Comercinho, Itaobim, Medina, Pedra Azul, Divisópolis, Jequitinhonha, Joaíma e Ponto dos Volantes. Isso demonstra a valorização do Governo do Estado pelo nosso produto e nos deixa muito satisfeitos”.
Produção mineira
Minas Gerais é responsável por 40% da produção nacional de queijos. Atualmente, são produzidas no Estado cerca de 34 mil toneladas de queijo artesanal por ano e 14 mil toneladas de queijos não artesanais da agroindústria familiar.
A atividade é fonte de renda para milhares de famílias no Estado. Mais de 900 produtores rurais mineiros são atendidos pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) da Agroindústria de Derivados Lácteos, oferecido pelo Sistema Faemg Senar.
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