Dados foram divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).
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A linha de produção é um dos pilares da indústria
A indústria cearense de alimentos e bebidas registrou faturamento R$ 17 bilhões em 2023, totalizando 47 mil pessoas empregadas no setor.

Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) e foram divulgados em coletiva de imprensa na quinta-feira (22).

Para o presidente da entidade, João Dornellas, os números revelam um panorama promissor e uma grande relevância regional. “Com um faturamento de R$ 17 bilhões em 2023, ou seja, quase 15% do total do Nordeste, o Ceará fica atrás apenas da Bahia e de Pernambuco. Além disso, destacamos a presença de 1,2 mil empresas do setor, algo bastante significativo”, avalia.

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Dornellas salienta que o Estado é um polo produtivo variado, abrangendo desde a produção de farinha de trigo, massas alimentícias, biscoitos, castanha de caju à fabricação de café torrado e moído, sucos tropicais e laticínios.

O economista Alex Araújo acrescenta que “a indústria de alimentos do Ceará está consolidada e em constante evolução, com marcas tradicionais como M. Dias Branco, Três Corações e J. Macedo”.

“Atende principalmente ao mercado regional, com um crescimento orgânico que acompanha o ritmo da população e da renda”.

ALEX ARAÚJO
Economista

“Temos visto a abertura de novos negócios, aproveitando a cultura de local de consumo e em substituição a produtos de outras regiões, tais como sorvetes e processamento de frutas: polpas, sucos, doces etc”, lista

Veja os dados do Norte e Nordeste:

 

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Foto: Reprodução Abia

 

O que esperar do setor para 2024, no Ceará

O presidente da Abia, João Dornellas, acredita que, neste ano, o segmento deve continuar crescendo, com aumento nas exportações e investimentos em inovação e qualidade. “Acreditamos que o Ceará continuará a ser um importante protagonista na indústria de alimentos em sua região, contribuindo para o desenvolvimento do setor”, analisou.

O professor da Universidade de Fortaleza (Unifor), Ricardo Coimbra, também projeta que algumas empresas devem ampliar a capacidade produtiva impulsionada pelo poder de compra.“Com a queda da inflação e também a diminuição do desemprego, potencializa-se a capacidade de consumo, e parte significativa [da renda] vai para alimentos e bebidas”, avalia.

“Existe, portanto, uma potencialidade de aumento de produção, dado que também pode haver uma tendência de crescimento de consumo em 2024. Então, o setor de alimentos e bebidas industrializadas e in natura, no Estado, podem crescer significativamente ao longo deste ano”, complementa.

RICARDO COIMBRA
Economista e professor da Unifor

Para o economista Araújo, no entanto, a tendência, nesse mix de negócios consolidados e novos entrantes, assegura a alta neste e nos próximos anos, “mas não deve ser um crescimento explosivo, mas algo estável e constante”.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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