As mais de 250 mil vacas ordenhadas em Alagoas no ano de 2019 produziram o equivalente a 603,8 milhões de litros de leite, o que representou uma produtividade anual de 2.410 litros por animal, a maior da Região Nordeste e superior à média observada para o Brasil (2.141 litros).

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As mais de 250 mil vacas ordenhadas em Alagoas no ano de 2019 produziram o equivalente a 603,8 milhões de litros de leite, o que representou uma produtividade anual de 2.410 litros por animal, a maior da Região Nordeste e superior à média observada para o Brasil (2.141 litros). Os dados são da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O leve aumento no número de animais e a melhora na produtividade levaram Alagoas a superar, em 2019, a produção do ano anterior. Em 2018, as 249,8 mil vacas ordenhadas produziram 587,3 milhões de litros de leite (2.351 litros por animal).

No país, somente quatro estados registraram maior produtividade que Alagoas no ano de 2019: Santa Catarina (3.817 litros), Rio Grande do Sul (3.610 litros), Paraná (3.324 litros) e Minas Gerais (3.012 litros). A média da Região Nordeste foi de 1.405, com Sergipe (2.253) e Pernambuco (2.212) completando a lista dos três primeiros. Do outro lado da ponta, o Maranhão (628) teve a menor produtividade.

Os 603,8 milhões de litros de leite produzidos em 2019 representaram 1,7% da produção nacional, posicionando Alagoas no posto de 13º maior produtor do país e 4º da Região Nordeste. Entre os vizinhos, somente Bahia, Pernambuco e Ceará aparecem à frente. O valor de produção do leite alagoano chegou a R$ 712,6 milhões de reais.

No Brasil, a produção de leite de vaca chegou a 34,8 bilhões em 2019, um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior, atingindo um valor de produção de R$ 43,1 bilhões. Essa alta vem do ganho de produtividade, já que o efetivo de 16,3 milhões de vacas ordenhadas foi 0,5% menor em relação ao ano anterior. Com menos animais produzindo mais leite, a produtividade subiu para 2.141 litros de leite por vaca ao ano.

Alagoas registra queda no rebanho bovino em 2019

A pesquisa também revelou que o rebanho bovino em Alagoas alcançou a marca de pouco mais de 1,233 milhões de cabeças de gado em 2019, uma queda de 1,2% em relação ao rebanho de 1,247 milhões registrado no ano anterior.

A queda em Alagoas contrastou com o crescimento do rebanho bovino no Brasil. Após dois anos consecutivos em queda, a leve alta de 0,4% garantiu a marca de 214,7 milhões de cabeças de gado, o que mantém o Brasil como o segundo maior rebanho bovino do mundo e o principal exportador desse tipo de carne.

Os municípios de Viçosa (40 mil cabeças), Palmeira dos Índios (36,5 mil), Chã Preta (32 mil), Major Izidoro (31,1 mil) e União dos Palmares (31 mil) possuem os maiores rebanhos entre as 102 cidades alagoanas, representando, juntos, 13,8% do rebanho bovino estadual. Já a participação relativa de Alagoas em relação ao total do Brasil é de 0,6%.

Em Alagoas, alta no efetivo de equinos é de 7% em 2019

Em relação ao efetivo de equinos, Alagoas registrou 92.025 cabeças em 2019, o que assegurou uma participação relativa de 1,6% do total nacional. A alta foi de 7% em relação às 85.966 cabeças no estado em 2018.

Entre os municípios alagoanos, Girau do Ponciano (3,5 mil), União dos Palmares (3,5 mil), Viçosa (3,5 mil), Igreja Nova (2,4 mil) e Santana do Mundaú (2,4 mil) registraram os maiores efetivos. Juntas, as cinco cidades representam 16,6% do rebanho estadual de equinos.

Municípios alagoanos se destacam na produção de peixes e moluscos

Os dados da PPM mostram que municípios alagoanos ganharam posições de destaque entre os 5.570 do Brasil. Com uma produção de 30 toneladas dos peixes traíra e trairão em 2019, Boca da Mata foi a 3º maior produtora entre todas as cidades do país. Limoeiro de Anadia, com oito toneladas, ocupou o posto de 17º maior produtor nacional.

Já o município de Traipu se destacou na produção do peixe tucunaré. Isso porque as duas toneladas de 2019 asseguraram a condição de 12º maior produtor do país. Coruripe, por sua vez, foi o 15º maior produtor de peixes alevinos entre todos os municípios do Brasil, com uma produção de 19.200 milheiros.

Com uma produção de 32 toneladas, a Barra de São Miguel foi o 14º maior produtor do país de ostras, vieiras e mexilhões em 2019. O município de Roteiro, com 15 toneladas, ocupou a 20ª colocação no ranking. A produção total de 51 toneladas assegurou ao estado alagoano a condição de maior produtor da Região Nordeste de ostras, vieiras e mexilhões.

Nacionalmente, Alagoas fica atrás de Santa Catarina (14.807 toneladas), Pará (87 toneladas), Paraná (78 toneladas), São Paulo (66 toneladas) e Rio de Janeiro (58) toneladas.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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