No Brasil, onde a pecuária leiteira é uma das joias da coroa agrícola, as “fazendas leiteiras” aprenderam a explorar seu charme rural além dos pastos.
Por meio das mídias sociais, os produtores se conectam com um público ávido por autenticidade, compartilhando tudo, desde a rotina diária da ordenha até os mais belos pores do sol nos campos.
O Facebook e o Instagram se tornaram suas ferramentas preferidas, mas a recente proibição do Twitter naquele país levanta uma questão incômoda: o que acontece quando o governo decide censurar a narrativa de seu próprio campo?
Mídia social: uma ponte entre o campo e a cidade
A mídia social surgiu como uma ferramenta vital para as fazendas leiteiras no Brasil e em todo o mundo.
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Elas não apenas permitem que elas mostrem seu cotidiano e promovam sua produção, mas também oferecem uma maneira de humanizar seu trabalho, criando um vínculo entre os consumidores urbanos e a realidade da produção leiteira.
Uma família em São Paulo pode acompanhar uma fazenda em Minas Gerais por meio de vídeos ao vivo, postagens sobre cuidados com as vacas e até receitas de produtos artesanais.
O alcance dessas histórias pessoais é enorme e tem ajudado a desmistificar o trabalho rural, aproximando os consumidores da origem dos alimentos que consomem.
𝕏 respects Brazil’s laws, but when asked to violate them, 𝕏 has the right to refuse.
Ironically, while 𝕏 could be banned for not following the law elsewhere, in Brazil, it was banned *for* following the law. pic.twitter.com/YkLM4rbzFS
— DogeDesigner (@cb_doge) September 1, 2024
Mas o impacto dessas conexões não é apenas econômico. Os esforços das fazendas para compartilhar seu estilo de vida por meio da mídia social também têm uma função educacional e cultural. Muitos brasileiros começaram a apreciar e valorizar o trabalho rural graças a essas narrativas on-line.
E em um país onde a vida urbana muitas vezes parece distante da realidade do campo, esse relacionamento digital é mais do que bem-vindo.
Twitter: um aliado silencioso (e não, não vou chamá-lo de “X”)
Embora menos popular que o Facebook e o Instagram, o Twitter se tornou uma ferramenta vital para muitas fazendas que buscam não apenas promover, mas também dialogar.
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Com seu imediatismo e capacidade de viralizar conversas, o Twitter tem sido um espaço para os produtores desafiarem mitos, responderem a críticas e promoverem debates abertos sobre o futuro da agricultura brasileira e do mundo.
A plataforma oferece a possibilidade de interagir diretamente com consumidores e jornalistas, desmascarando falácias e divulgando informações precisas e em primeira mão.
Em um mundo cada vez mais polarizado, essas conversas são cruciais. E, no entanto, em um ato que poderia ser descrito como ironicamente contraditório, o governo brasileiro decidiu fechar esse canal de comunicação.
Um ataque à liberdade de expressão
A recente proibição do Twitter no Brasil, sob o pretexto de combater a desinformação, gerou ondas de indignação.
Mas será que estamos realmente falando de uma luta contra a desinformação ou é mais um ato de censura?
Ao silenciar os usuários do Twitter, o governo não apenas limita o alcance das vozes dissidentes, mas também sufoca a pluralidade de vozes rurais que dependem dessa plataforma para se fazerem ouvir.
Para as fazendas leiteiras, esse é um golpe baixo. O Twitter representava um espaço em que elas podiam se conectar com um público mais amplo, muitas vezes cético, e combater a narrativa urbana que, às vezes, demoniza a produção agrícola.
Ao fechar essa janela para o mundo, o governo brasileiro não está apenas suprimindo a liberdade de expressão, mas também sufocando a capacidade dos produtores rurais de contar sua própria história.
A proibição do Twitter é mais do que apenas um capricho político: é um ataque direto ao direito de comunicação de todas as fazendas leiteiras que trabalharam arduamente para construir pontes entre o campo e a cidade.
Em um país tão vasto e diversificado como o Brasil, as redes sociais são mais do que apenas entretenimento, elas não são o veículo por meio do qual comunidades isoladas pela geografia ou pela falta de acesso à mídia tradicional podem contar sua história e participar do debate público.
Defendendo a liberdade, sempre
É preciso se manifestar contra essa medida autoritária e defender o direito das fazendas leiteiras e de todos os cidadãos brasileiros de se comunicarem livremente.
As redes sociais são uma extensão da nossa liberdade de expressão. Quando as distâncias entre o campo e a cidade estão finalmente diminuindo graças à tecnologia, não podemos permitir que ninguém desfaça esses avanços.
A liberdade de expressão é um direito fundamental, e quando ela é ameaçada, todos nós perdemos.