Produtor de Francisco Beltrão passou de 35 litros por animal no sistema de convencional, em duas ordenhas ao dia, para 43 litros litros no segundo mês com sistema robotizado. Robô que ordenha vacas melhora produção leite no sudoeste do Paraná

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Produtor de Francisco Beltrão passou de 35 litros por animal no sistema de convencional, em duas ordenhas ao dia, para 43 litros litros no segundo mês com sistema robotizado. Robô que ordenha vacas melhora produção leite no sudoeste do Paraná
Ao entrar para a ordenha, o robô identifica a vaca. Primeiro, as tetas são bem limpas com uma escovinha. Depois, as teteiras encaixam com a ajuda de sensores e começa a ordenha. A comida é o que atrai as vacas. Enquanto são ordenhadas, o robô fornece uma ração especial para os animais.
“A vaca vem pro robô com vontade de comer essa ração e por pressão de úbere. Precisa trabalhar com uma ração diferenciada, dentro da dieta dos animais, de alta palatabilidade e que a vaca tenha desejo de comer. Ela vai vir mais vezes por isso também”, diz o produtor de leite Maciel Comunello.
A automação da propriedade em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, foi a saída que ele encontrou para crescer na atividade. O produtor conta que o investimento foi alto com máquinas importadas. Ele diz que financiou em 10 anos e que o ganho de produtividade pagará o investimento.
“No sistema normal, a gente fazia ordenha duas vezes ao dia e, na média, chegou a 35 litros de leite. Com o robô, no segundo mês, nós chegamos a 43 litros de leite. O sistema de ordenha robotizada traz muita coisa para dentro da propriedade, o produtor fica extremamente eficiente, perde menos e toma decisão na hora certa”, diz o produtor.
No sistema robotizado, a vaca que produz mais leite come mais. Segundo o produtor, os animais ganham o concentrado do robô por mérito de produção. Com isso, para ele, é possível ter custo mais baixo de produção.
O leite ordenhado pelo robô vai pra um reservatório dentro da máquina e depois é bombeado por dutos até o resfriador. Cada vaca tem um colar com um número de identificação capaz de fornecer muitas informações importantes ao produtor.
“Um exemplo de uma vaca tá com 35,7 kg de leite está vindo no robô 2,47 vezes ao dia. Você consegue tomar uma decisão mais precisa, antecipar uma decisão, ou seja, pegar uma vaca doente antes. Uma mastite ele vai te informar com antecedência”, explica Comunello.
Robô que ordenha vacas melhora produção de leito no sudoeste do Paraná
RPC/Reprodução
Produção de leite no estado
De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), do Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), o Paraná é o segundo maior produtor de leito do país, atrás de Minas Gerais.
Em 2020, o Paraná produziu 4,6 bilhões de litros de leite. Meta dessa produção sai de médias e grandes propriedade que têm investido em tecnologia.
Para o médico veterinário do Deral Fábio Mezzadri, que atua na pecuária leiteira, o investimento nesses equipamentos caros compensa, mas nas propriedade que já são bem eficientes em alimentação, sanidade e genética.
“Não adianta nada ter um equipamento desse numa propriedade que tem problema nutricional. Também não adianta nada ter um robô desse aí pra usar animais pra alta produção se não tiver animais de genética”, conta.

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Atualmente, os Estados Unidos estão atrás da Nova Zelândia e da União Europeia nas exportações de laticínios. Entretanto, Krysta Harden, presidente e CEO do U.S. Dairy Export Council, prevê que isso pode mudar.

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