Representantes dos produtores, das indústrias e da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) se reuniram nesta terça-feira (14) em videoconferência da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite.
Representantes dos produtores, das indústrias e da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) se reuniram nesta terça-feira (14) em videoconferência da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite. O principal pleito foi a oferta de linhas de crédito oficiais que viabilizem a manutenção da atividade no setor lácteo gaúcho neste período de pandemia do coronavírus.

As indústrias reivindicam crédito para estoques e capital de giro tendo em vista que alguns clientes, principalmente do setor de food service, estão solicitando prorrogação dos pagamentos em virtude da suspensão de operações com a quarentena. “As empresas estão solicitando mais prazo. A indústria está entre o produtor e o varejista e não quer repassar esse custo. Temos que achar equilíbrio para manter a estabilidade do setor”, frisou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat), Alexandre Guerra. Segundo ele, é essencial que o produtor também tenha acesso a essas linhas de crédito de forma a assegurar a manutenção de sua atividade e renda no campo.

O secretário Covatti Filho solicitou um levantamento do volume de recursos necessários e das condições que tornariam essas linhas de crédito viáveis ao setor. Segundo ele, outros segmentos do agronegócio já solicitaram demandas semelhantes e isso precisará ser tratado junto aos bancos ligados ao governo do Estado. Covatti ficou de agendar uma reunião entre o setor lácteo e representantes do Banrisul e Badesul para tratar da questão.

O diretor de Política Agrícola da Secretaria, Ivan Bonetti, explicou que as resoluções do Banco Central que prorrogaram os custeios e os investimentos do crédito rural aportaram recursos para as cooperativas, disponibilizarão R$ 20 mil por produtor da agricultura familiar e falou do deslocamento de milho para o Estado através do programa Milho Balcão Conab.

O secretário Covatti Filho ainda citou a compra governamental de cestas básicas, o que será feito por meio de recursos da merenda escolar. A aquisição dos kits – que conterão leite em pó – deve auxiliar pelo menos algumas empresas do setor que serão contempladas diretamente.

Coordenada pelo diretor-tesoureiro do Sindilat, Jéferson Smaniotto, a reunião ainda tratou da necessidade de isenções tributárias (Pis/Cofins) sobre adubos, sementes  e medicamentos veterinários. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, citou que a isenção do ICMS que, inicialmente iria até 30 de abril, foi estendida pelo Confaz até 31 de dezembro de 2020. Smaniotto ainda lembrou que é essencial desburocratizar o limite de crédito de forma a permitir que o produtor que já tem seu Pronaf comprometido possa ter linha especial para passar esse momento, principalmente com estiagem.

O setor lácteo também abordou a necessidade de Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para viabilizar a liberação dos altos estoques que se acumulam principalmente nas queijarias gaúchas. “Foram setores impactados duramente pela parada do setor de food service”, alertou Guerra.

Participaram da videoconferência: Sindilat, AGL, Fetag, Ciepel/Simers, Farsul, Fundesa, Senar, Fecoagro, Emater e Seapdr.

Consumidores brasileiros têm se surpreendido com a alteração do nome do queijo nas embalagens. Essa mudança foi definida em um acordo entre União Europeia e Mercosul.

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