Estiagem acentuou-se a partir do fim de outubro e início de novembro no Rio Grande do Sul
Rafael Hermann: Produtores de leite querem plano emergencial do governo federal para apoiar o setor – Reprodução: YouTube

Aestiagem que atinge o Rio Grande do Sul já resulta em 425 municípios com decreto de situação de emergência assinado até o momento. Esse total representa 85,5% das 497 cidades gaúchas que já recorreram ao mecanismo para tentar agilizar ações para mitigar os efeitos da falta de chuva no Estado, que se agravaram a partir de novembro de 2021.

 

Entre as prefeituras que assinaram decreto, a Defesa Civil Estadual homologou 403 documentos. A União reconheceu 387 pedidos até o momento.

 

Predominantemente rural, a população de Vista Alegre do Prata, na Serra, está entre os municípios que decretaram situação de emergência e tiveram o status reconhecido por Estado e União. O vice-prefeito Roberto Donin conta que chegou a faltar água para pessoas e animais, já que os poços artesianos secaram. A prefeitura prestou auxílio ao levar água para propriedades com produção de aves e suínos.

 

— As perdas chegaram a 80% na lavoura do milho e da soja, além de muitos prejuízos na produção leiteira. É uma situação muito difícil para todos nós. Como voltou a chover nestes dias, a esperança é de que se salve um pouco das lavouras tardias — disse nesta sexta-feira (11).

 

Recursos

O governo federal deverá liberar mais recursos para estancar a crise no setor agropecuário. O anúncio foi feito na Expodireto Cotrijal por lideranças do agronegócio, após videoconferência com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que não esteve em Não-Me-Toque. Os valores são esperados por produtores atingidos nos quatro Estados mais afetados pela estiagem, caso do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.

 

Deverão ser liberados R$ 1,2 bilhão para linhas de custeio do Pronaf por meio de medida provisória que deve ser editada até o início da próxima semana. Ainda há a promessa de que R$ 1,6 bilhão serão liberados para destravar o crédito rural do Plano Safra vigente, via projeto de lei que será votado no Congresso no próximo dia 16. Há expectativa de liberação de outros R$ 600 milhões para equalizar as prorrogações de financiamentos.

 

 

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Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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