Sem pasto e com milho mais caro, atividade leiteira tem diminuído e muitos pecuaristas veem dificuldades para conseguir manter produção.

No noroeste de Mato Grosso, produtores de leite vêm passando dificuldade para alimentar o rebanho. Com as áreas de pastagem castigadas pela estiagem e o milho mais caro,  tem muito produtor abandonando a atividade.

De acordo com Adriano Garcia da Silva ,pecuarista da região, a produção já foi maior mas tem diminuído ano a ano . O que é um reflexo da redução do rebanho.

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“O preço do leite pago para gente está na faixa entre 1,80 a 2,00 reais e se você pegar ração hoje está acima de 2,25 reais o quilo, a conta não está fechando, o governo tem que fazer uma política diferente para o produtor de leite para não deixar acabar, porque senão vai acabar acabando e vem diminuindo muito a produção de leite”, diz da Silva.

Já o presidente da Cooperprata, Robson Vicente de Almeida Lobo, afirma que os gastos com ração à base de milho – aumentaram quase  50% na comparação com o mesmo período de compras da última temporada. Diferença que pesa no orçamento e desestimula a atividade na região…

leite

“Nós chegamos a comprar ração a R$ 1.400, R$ 1500 a tonelada. Neste ano, compramos ração de R$ 2.200 a tonelada e o pior que está acontecendo é que vários estão saindo da atividade, nós na cooperativa  só este mês já sete produtores deixaram de produzir porque não compensa”, destaca Lobo.

Outra preocupação do setor é a estiagem que passa de quarenta dias em algumas propriedades. A seca além de castigar severamente as pastagens, também prejudica o desempenho dos milharais, o que pode diminuir a oferta e aumentar a concorrência pelo cereal no município

Na tentativa de escapar do possível cenário da falta de pastagem e de escassez do cereal, o pecuarista Gelcir Caldeira decidiu investir no cultivo  de milho, iniciativa que, segundo ele, garante o alimento para o rebanho manter a produção mensal de quase doze mil litros de leite na propriedade.

 “A gente faz silagem de milho, planta aqui dez hectares duas vezes e faz silagem duas vezes e faz silagem duas vezes dos dez hectares. O custo está muito caro, o milho o preço que está, a soja para fazer a ração, quem vive de centavos e até tirar isso em centavos é demorado, você trabalha no vermelho, é tocar o negócio para o lado da silagem mesmo e tratar dos animais”, conclui.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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